Pouca coisa mudou na coleta do lixo no litoral do Estado desde o início das reclamações de moradores e veranistas, antes do Natal. Apesar do recolhimento de 1,6 mil toneladas de lixo anunciado pelo governo estadual desde o último dia 20, a reportagem de O Estado percorreu Guaratuba e Matinhos, ontem, e, além de muito lixo, encontrou muitas queixas.
“Tive que enterrar o lixo para não começar a incomodar os vizinhos com o cheiro. Tentei entrar em contato com a prefeitura diversas vezes, mas não fui atendida”, reclama a moradora de Guaratuba Cleusa Ramos.
No Balneário Monções, no limite entre Pontal do Paraná e Matinhos, a própria população tem acumulado lixo num terreno baldio, perto da praia, em vez de deixar para o recolhimento.
Apesar de o serviço ser de responsabilidade das prefeituras, na alta temporada o governo do Estado colabora no litoral. A Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos informou ontem que, para tornar a coleta mais rápida, foi exigido da empresa contratada um reforço de dez caminhões-caçamba.
A prefeita eleita de Guaratuba, Evani Justus (PSDB), afirmou que, quando assumir seu mandato, em janeiro, vai acertar a dívida do município com a atual empresa que presta serviço de recolhimento do lixo. Contratação de nova empresa, porém, deve acontecer só em março, quando está prevista a abertura de nova licitação para contratar uma empresa responsável.