Caçadores de notícias

Linha Verde era para ser uma solução, mas virou um problemão em Curitiba

As reclamações de acidentes ao longo da Linha Verde diminuíram, porém, ao longo da via ­ entre o Trevo do Atuba e o Contorno Sul, no Pinheirinho ­, o que não faltam são sugestões para melhorar o trânsito no local. Os caminhoneiros fazem coro ao reivindicar trincheiras. Já os pedestres que cruzam diariamente a passarela, na região do Pinheirinho, defendem que a travessia seria mais fácil se não fosse necessário dividir o espaço com os ciclistas, que não possuem uma faixa específica.

Para o caminhoneiro Rudnei Pereira da Silva, 39 anos, a fase crítica com vários acidentes e falta de controle foi superada, assim como o desrespeito aos horários em que o tráfego de caminhões é proibido (das 7h às 10h e das 17h às 20h). “Geralmente o caminhoneiro que vem de fora que uma vez ou outra passa direto, mas o pessoal tem parado no horário que não é autorizado o tráfego para não ser multado”, avalia.

O que ele e os demais caminhoneiros entrevistados se ressentem é que, mesmo cada um fazendo a sua parte, dependendo do horário, a Linha Verde se torna intransitável. “Se for em horários de pico, levo o dobro do tempo. O excesso de semáforos atrapalha o trânsito. A solução seria colocar trincheiras”, comenta Silva. O caminhoneiro Reinaldo Gonçalves, 40 anos, que faz entregas em Curitiba, acrescenta que da Cidade Industrial de Curitiba (CIC) até a BR-277, usando a Linha Verde, ele normalmente leva 25 minutos no trajeto. “Só que quando trava o trânsito perco no mínimo 40 minutos para o mesmo percurso. Se tivessem trincheiras, iria fluir bem melhor”. Os pricnipais garagalos são nos pontos de obras, como próximo ao Atuba.

De acordo com a assessoria de imprensa da prefeitura, as diretrizes da chamada Operação Urbana Consorciada Linha Verde preveem alguma trincheiras para o final da obra.

Atenção redobrada

A passarela da Linha Verde na região do Pinheirinho apresenta um tráfego de pedestres e ciclistas bem intenso, o que exige atenção redobrada dos motoristas que por lá trafegam. O estudante e auxiliar administrativo Tiago Alves, 16 anos, cruza o local pelo menos quatro vezes por dia. “Não dá para arriscar, só atravesso pela rodovia quando estou muito atrasado”, revela. Morando na Travessa Antônio do Rosário, no bairro Xaxim, ele diz que todos os compromissos dele ficam do outro lado da Linha Verde, daí a necessidade de tantas travessias.

Segundo ele, apesar de oferecer segurança para os pedestres em relação aos veículos, a falta de uma faixa para ciclistas deixa as pessoas em apuros. “Se não prestar atenção pode haver acidentes no pedacinho de viaduto que fica para ciclistas e pedestres”. Outro problema apontado pelo estudante é a iluminação do viaduto. “Por vezes a luz simplesmente se apaga e fica perigoso atravessar”.