Laparoscopia é um novo método para transplante

No próximo dia 17, a Aliança Saúde – Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) e Santa Casa – comemora cinco anos do transplante renal por laparoscopia (vídeo). O Paraná, representado pela equipe do médico urologista Fernando Meyer, foi pioneiro na implantação do método no Brasil.

O método é recente. Há dez anos começou nos Estados Unidos e, quando a técnica se lançou Brasil, em fevereiro de 2001, ainda era pouco utilizada mundialmente.

Como explica Meyer, pelo método convencional, o doador do rim sofria mais, tanto com a cirurgia quanto com o pós-operatório. ?É feito um corte de 15 centímetros, que corta três camadas de músculo. Para retirar o órgão, é preciso retirar a última costela. Com o novo método, fazemos de três a quatro orifícios no abdômen, por onde entram as pinças. O corte é de seis ou sete centímetros em uma região de pouco músculo. Tecnicamente é muito mais difícil, mas é só pensando no bem do paciente?, explica o médico.

A dor e o sofrimento do método convencional, segundo Meyer, eram também motivos de resistência à doação do rim. ?Com a laparoscopia, aumentou a procura pela doação porque é muito menos dolorida e a recuperação é mais rápida, além do melhor aspecto estético pós-operação?, explica o urologista. O primeiro caso foi de um paciente que doou ao irmão. Eles eram de Mato Grosso e, pela nova técnica, resolveram fazer o transplante em Curitiba. ?A diferença quem sente é o doador, que antes, ao fazer um ato de amor sem ter problema algum no rim, sofria mais?, afirma médico.

Em Curitiba, já foram feitos 80 transplantes renais por laparoscopia. O procedimento começou a ser feito no Hospital Cajuru, mas, de dois anos para cá, é feito pela equipe na Santa Casa de Misericórdia.

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