Justiça suspende leilão de área do Jockey Club do Paraná

A Justiça Federal suspendeu ontem o leilão de uma área do Jockey Club do Paraná, em Curitiba. A suspensão foi autorizada porque o clube pagou a primeira das oito parcelas de R$ 52 mil de uma dívida com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Os recursos obtidos no leilão seriam usados para o pagamento de parte dessa dívida, que passa dos R$ 10 milhões. Entretanto, o terreno, que já está negociado com um grupo de construtoras, teria lance inicial de menos de R$ 4,96 milhões.

A área que iria a leilão ontem corresponde a aproximadamente 12% – cerca de 35 mil metros quadrados – do terreno do Jockey Club, localizado no bairro Tarumã. As construtoras inclusive já pagaram ao clube, pelo terreno, R$ 1,42 milhão, divididos em nove parcelas. O valor total da área é de R$ 19,21 milhões.

De acordo com o diretor da sede do Jockey, Ricardo Cwikla, todas as principais dívidas tributárias da entidade estão sendo pagas com esses recursos, que vêm sendo depositados pelos compradores da área desde outubro do ano passado. Mas a formalização da compra depende, segundo ele, da regularização da situação fiscal da área.

Além das dívidas com a Previdência, o clube ainda tem uma série de outras dívidas fiscais. A maior delas é com a Prefeitura de Curitiba: cerca de R$ 11,8 milhões, por conta de IPTU atrasado. ?Estamos em conversação com a Procuradoria Geral do município para resolver essa questão?, informa Cwikla, culpando administrações anteriores pelo crescimento da dívida. Com a venda da área, Cwikla espera ?amenizar e encerrar os problemas fiscais? do clube.

Incentivo

Anteontem, a Câmara Municipal aprovou um projeto da Prefeitura que define a localização de pólos ao longo da Linha Verde, e cria incentivos construtivos para os terrenos ali situados. O projeto, que gerou polêmica ao incluir a área do Jockey Clube, abre a possibilidade de edificações para áreas mistas de comércio e moradias.

Na ocasião, o vereador Mario Celso Cunha, declarou que a inclusão irá ?aquecer a região?. A oposição, porém, queria discutir melhor o projeto.

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