As agências do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) de Curitiba, Maringá, Cascavel, Ponta Grossa e Londrina amanheceram ontem, novamente, com as portas fechadas. Os cerca de 3 mil servidores no Paraná (1.700 deles em Curitiba) participaram de uma greve de advertência ao governo de 48 horas. O movimento teve início na última terça-feira.
Na capital, sem saber da paralisação, algumas pessoas acordaram cedo e foram às agências em busca de atendimento. A maioria dos clientes se sentiu revoltada quando encontraram as agências fechadas e a continuação da greve. “É uma vergonha, o INSS fica mais em greve do que trabalha!”, reclamava a zeladora Geni Lima e Silva que, acompanhada da filha de 4 anos, compareceu à agência da rua João Negrão para fazer uma perícia agendada para as 8h30. “Saí de casa cedo para chegar aqui e dar com a cara na porta.”
O mesmo aconteceu com a enfermeira Vanir do Rocio Dias de Oliveira, que foi ao INSS tratar da aposentadoria da mãe. “Moro em Colombo e tive que tomar dois ônibus para chegar ao centro de Curitiba”, contou. “Saí de casa antes das 7h da manhã, deixando meus filhos sozinhos, e acabei perdendo a viagem. Agora vou ter que voltar amanhã (hoje), gastando mais tempo e dinheiro em transporte.”
A expectativa é que as agências do INSS funcionem normalmente a partir de hoje. A greve se deve ao não cumprimento, por parte do governo federal, de acordos firmados em agosto deste ano, quando os servidores completaram dois meses de greve, na época realizada por tempo indeterminado.
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Saúde e Previdência no Serviço Público Federal no Paraná (Sindiprevs-PR), o governo, por meio do Ministério da Previdência Social, assinou acordo para pagamento de passivos trabalhistas na ordem de 47,8%, referentes ao não pagamento de Plano de Cargos Carreira e Salários nos últimos quinze anos. Os valores deveriam ser divididos em quatro parcelas. A primeira deveria ter sido especificada na folha de pagamento deste mês, o que não aconteceu.
Previdência convoca concursados
Brasília
(Agência Brasil -ABr) – O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) vai convocar 565 candidatos aprovados no concurso realizado no início do ano e que não obtiveram classificação entre as 3.800 vagas oferecidas a analistas e técnicos previdenciários.A decisão está na portaria n.º 3.952, publicada no Diário Oficial da União do dia 5 deste mês. Nela, o INSS faz a distribuição das vagas para cada estado, assim como identifica as agências que deverão receber os novos servidores e os cargos que serão ocupados.
A portaria deu seqüência à Lei 10.768, de 19 de novembro, que criou 600 cargos efetivos no quadro do Instituto. A medida tem o objetivo de suprir a carência de funcionários no atendimento frente à crescente demanda por serviços do órgão, segundo a portaria. Uma outra decisão do Ministério é que, das vagas criadas, 5% serão preenchidas por portadores de deficiência física.
Por enquanto o Ministério adiantou que serão dez vagas para o estado de Pernambuco, sendo sete técnicos (três para a agência em Afogados da Ingazeira, dois para o Pina, um para Petrolina e outro para São Joaquim do Monte), além de três analistas previdenciários (Petrolina, Pina e São Joaquim do Monte). Todas as informações são do Ministério da Previdência Social.