IAP suspende recuperação nas cavas do Iraí

O presidente do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), Rasca Rodrigues, suspendeu por tempo indeterminado a execução do projeto-piloto de recuperação de áreas degradadas, que vinha sendo desenvolvido pela empresa Ambiencys nas cavas do Rio Iraí, em Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba. A interrupção das atividades foi anunciada ontem, após vistoria do local onde o projeto estava sendo aplicado e foi ocasionada por falhas na operacionalização, como o depósito em locais impróprios do lodo utilizado no preenchimento das cavas. Segundo o presidente do IAP, o projeto deverá ser revisto e passar por ajustes antes de a empresa retomar as atividades.

A vistoria foi realizada após denúncia de uma organização não governamental (Ong), que revelou que o lodo estava sendo depositado em locais impróprios, inclusive no Rio Iraí. Além disso, a ONG também afirmava que o material seria tóxico. De acordo com Rasca Rodrigues, essa é uma acusação falsa. "O lodo não é tóxico. É proveniente do processo de tratamento da água realizado pela Sanepar e é composto 95% por água e 5% por outros materiais", explicou o presidente do IAP. "Desses 5%, mais da metade é matéria orgânica, principalmente metais – como alumínio e ferro – em parâmetros aceitáveis".

Com relação ao depósito inadequado, Rasca disse que realmente houve um caso e que este foi um dos principais motivos que levou à interrupção das atividades. Caso seja confirmado o depósito de lodo no rio, o material não causa a contaminação da água, que é utilizada para abastecimento público.

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