IAP investiga incêndio em empresa de Araucária

Um grupo de técnicos do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) está verificando as possíveis causas do incêndio ocorrido na manhã de ontem na sede da empresa Essencis Soluções Ambientais, em Araucária.

É o segundo acidente envolvendo a empresa em menos de uma semana. No último dia 22, o IAP esteve no local após denúncias de moradores sobre duas explosões. Foram coletadas amostras de produtos e solo do local para detectar possíveis danos ambientais. Com base em uma primeira avaliação, o IAP acredita que os acidentes foram causados por uma reação química decorrente de falhas no armazenamento dos resíduos.

De acordo com Cláudio Oliveira, coordenador da diretoria de Acidentes Ambientais do IAP, dirigentes da empresa se reuniram durante todo o dia para detectar quais produtos causaram a explosão. “Nesta quarta-feira (hoje) a Essencis irá entregar um relatório com as informações necessárias para a definição do valor das multas”, disse Cláudio.

Segundo o coordenador, a empresa não vem atendendo as condições de operação firmadas na concessão do licenciamento. “Além de trazer danos ao meio ambiente, os acidentes geram vapores tóxicos prejudiciais à população vizinha à empresa”, reforçou o coordenador.

A Essencis tem uma central de tratamento de resíduos com licença para operar resíduos de classe 1, 2 e 3. De acordo com as regras da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), os resíduos “classe 1” são considerados perigosos e incluem tintas, óleos e metais pesados. Já os “classe 2” são os que podem causar danos ao meio ambiente, como lixo urbano e resíduos industriais que não são classificados como perigosos. Os resíduos “classe 3” são os inertes ao meio ambiente como, por exemplo, vidro quebrado e pedaço de alguns tipos de plástico.

Galpão

A empresa possui um galpão onde os resíduos são separados e é feito pré-tratamento – preparação dos resíduos para o co-processamento, ou seja, incineração em fábricas de cimento ou depositar em valas especiais para cada classificação de resíduo.

Já no último dia 22, a empresa admitiu ter enfrentado problemas operacionais no processo de inertização e solidificação de resíduos recebidos, que seriam destinados ao aterro classe 1. O problema operacional foi resolvido através da interrupção da reação química pretendida (adicionamento de argila).

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