HU de Londrina suspende novas internações

Novas internações na unidade de terapia intensiva (UTI) do Hospital Universitário (HU) de Londrina estão bloqueadas e o atendimento no pronto-socorro está limitado a casos de urgência e emergência desde o último sábado.

As medidas foram tomadas depois que uma bactéria multirresistente – denominada Klebsiella spp – foi detectada em um paciente que mora na região vítima de acidente e que esteve internado em Goiás. A bactéria se espalha rapidamente, é resistente a antibióticos e pode, inclusive, levar à morte.

O quadro se alastrou para os demais pacientes que estavam na mesma ala e, até agora, a bactéria já foi confirmada em oito pacientes da UTI. Outros sete estão sob suspeita de infecção e todos estão em uma ala do hospital isolada dos outros pacientes. Ontem haviam 16 pacientes internados na UTI e 26 no pronto-socorro. Ainda não há prazo para normalização do atendimento.

A confirmação de infecção dos outros sete pacientes depende de exames que devem ficar prontos somente amanhã, já que por conta do feriado de hoje, desde a última segunda-feira o quadro de funcionários no HU estava reduzido.

Por enquanto, de acordo com a coordenadora da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar do Hospital Universitário (CCIH), Claudia Carrilho, as pessoas estão apenas colonizadas com a bactéria, sem desenvolver a infecção.

Caso ela se manifeste, entre outras complicações, os pacientes podem apresentar infecção sanguínea, urinária ou causar pneumonia. “Estamos conseguindo esvaziar o pronto-socorro, frequentemente superlotado, para fazer a limpeza e a desinfecção total do local”, explica Carrilho.

Amanhã, os pacientes da UTI serão realocados em uma unidade masculina do HU, onde já existe uma área adaptada para receber pacientes portadores de bactérias multirresistentes.

“Queremos fazer várias limpezas para que tenhamos certeza de que o micro-organismo não está mais na UTI e que os pacientes tenham resolução do seu quadro para que a situação não se repita na UTI depois das medidas”, afirmou a coordenadora da CCIH. Essa é a primeira vez que a bactéria Klebsiella spp é detectada no HU de Londrina.