Hospital na RMC demite 600 funcionários

Os 600 funcionários do Hospital e Maternidade São José dos Pinhais foram demitidos ontem. Como a instituição passa por um processo de municipalização depois que a associação do hospital teve problemas financeiros e entrou em processo de liquidação, a prefeitura vai recontratar parte desses funcionários em caráter emergencial até que seja feito concurso público. A garantia é que o atendimento não será prejudicado com a mudança.

De acordo com o procurador-geral de São José dos Pinhais, Luiz Carlos da Rocha, o município desapropriou a área física do hospital e, em relação ao pessoal, o procurador-geral avalia que havia inchaço na folha de pagamento, pelo menos entre abril e dezembro de 2008.

“A nova administração tem como certo que, para fazer uma boa gestão do hospital, no máximo 300 funcionários dão conta do trabalho do hospital, que possui 80 leitos”, afirma.

Dos 600 cargos que existiam, os 150 que atendiam os serviços de emergência e outros 300 que trabalhavam no hospital serão preenchidos por contratação emergencial, o que deve iniciar amanhã, já que hoje é feriado municipal em São José dos Pinhais.

“Preferencialmente serão contratadas as mesmas pessoas que já atuavam no serviço. Os cerca de 150 funcionários restantes serão demitidos e terão seus direitos pagos”, completa Rocha.

As demissões causaram reclamações dos funcionários, muitos com medo de não conseguir o emprego de volta e outros pelo receio de não serem pagos integralmente, uma vez que ainda falta o pagamento de verbas trabalhistas e rescisórias.

O Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Curitiba e Região (Sindesc) informou que está prestando todo o auxílio necessário aos trabalhadores e, se necessário, ingressará com ações na Justiça.

O promotor de Justiça de São José dos Pinhais, Divonzir José Borges, garantiu que todo direito será pago após os procedimentos normais de liquidação. “O Ministério Público vai providenciar para que cada funcionário receba o que é de direito. O pagamento será feito no momento em que o juiz autorizar”, afirma.

No dia 2 de março, encerraram-se as atividades do hospital como associação, que passou a ser público. Desde então, a responsabilidade pelo serviço público é do município, enquanto que o pagamento dos funcionários é do liquidante.

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