Há 40 anos, integrando brasileiros e paraguaios

A Ponte da Amizade completa hoje 40 anos de integração entre Brasil e Paraguai. A monumental obra foi construída em arco para que não atrapalhasse a navegação da época, sendo utilizados 43 mil metros cúbicos de aço, o que lhe conferiu recorde mundial de vão em ponte de concreto armado e arco engastado. A Ponte da Amizade possui o comprimento total de 552,4 metros – o vão possui 290 metros.

Embora em seus primeiros dez anos a ponte tenha tido função mais geopolítica, atendendo um pequeno comércio de fronteira, a partir da construção da Itaipu, entre 1975 e 1991, houve intensificação de trocas comerciais.

Aproveitando o aniversário da ponte e os 14 anos da assinatura do Tratado de Assunção, ato que constituiu o Mercosul, o Movimento Iguassu-Terra Guarani promoveu ontem ato público no Espaço das Américas, em Foz do Iguaçu, para apresentar o Manifesto do Iguassu – Cartas das Águas Grandes, que propõe alternativas econômicas para desenvolvimento sustentável da região.

Segundo o secretário do Movimento Iguassu, o arquiteto Nilson Rafagnin, a proposta é justificada pela crise econômica enfrentada na região devido à queda de fluxo de vendas em Ciudad del Este, além da necessidade de criar alternativas para a superação de problemas dos municípios, que possuem uma dinâmica de interdependência.

Ele afirma que há uma preocupação com o caos urbano que está se estabelecendo, por não haver um critério técnico de planejamento regional integrado. "O objetivo do movimento é promover a participação pública nas tomadas de decisão para o desenvolvimento sustentável das diversas comunidades", afirma. Segundo o arquiteto, as ações sugeridas podem produzir um impacto positivo e substantivo nos campos sociais, econômico, político, cultural, ambiental e da infra-estrutura.

Pauta de sugestões

Entre as várias ações sugeridas pelo Movimento Iguassu estão: o estabelecimento de um complexo turístico desportivo cultural e de lazer integrado; e a criação de um plano de desenvolvimento sustentado e integrado para a região do Pólo Turístico Internacional do Iguassu, incluindo a implantação do "Anel de Integração da Região Internacional do Iguassu", que tangenciaria os aeroportos da fronteira. 

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