Desde que a primeira morte causada pelo vírus influenza A (H1N1) – o da gripe suína – aconteceu no Paraná, em 14 de julho, o Estado já registrou 80 vítimas fatais da doença.
Ontem, novo boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) revelou mais 21 óbitos. Houve ainda uma nova morte, que ocorreu na quinta-feira passada, informada pela Secretaria Municipal de Foz do Iguaçu, mas que ainda não entrou na estatística oficial do governo.
Com os novos dados, o Paraná segue como o segundo no Brasil em número de mortes, atrás de São Paulo. Há ainda 1.283 casos confirmados da doença em território paranaense.
A semana do dia 2 ao dia 8 de agosto foi a que registrou o maior número de mortes: 25. A primeira semana após a ocorrência da primeira morte terminou com três casos fatais.
Nos sete dias seguintes de 19 a 25 de julho – foram mais 22 mortes. De 26 de julho a 1.º de agosto, outras 20 mortes. Com os exames analisados até agora, nesta semana foram registradas nove mortes. O maior número de vítimas fatais continua sendo de adultos jovens. A nova gripe já matou 41 com idade entre 20 e 40 anos.
De acordo com dados divulgados pelas secretarias de saúde estaduais e municipais, o Brasil já teria pelo menos 300 mortes causadas pela gripe suína. Os dados oficiais divulgados pelo Ministério da Saúde ainda mostram 192 vítimas fatais no País.
Ontem foram confirmadas mais 15 mortes pela Secretária de Saúde do Rio Grande do Sul, que agora já soma 70 óbitos. Das novas vítimas, cinco moravam em Porto Alegre. As outras eram de Caxias do Sul, Montenegro, São José do Ouro, Não-me-Toque, Santa Cruz do Sul e Soledade.
Grávidas
Mesmo sem divulgar quantas grávidas já morreram no Paraná, em decorrência da nova gripe, o secretário estadual da Saúde, Gilberto Martin, assinou ontem uma resolução que recomenda atitudes preventivas para as gestantes.
Segundo Martin, os riscos são ainda maiores quando envolvem gestantes portadoras de doenças crônicas, como asma brônquica, cardiopatias e nefropatias. O governo do Estado recomenda que as gestantes saudáveis evitem aglomerações, viagens e utilizar o transporte público.
A decisão governamental recomenda que se avalie a flexibilidade de horário de trabalho para a gestante. Na impossibilidade de transferências, alternativas legais de afastamento temporário possam ser consideradas.
Recomendação
Luciana Cristo
O Ministério Público Federal (MPF) expediu ontem recomendação para que a volta às aulas nas instituições de ensino estaduais, federais, municipais e particulares não ocorra até o fim deste mês.
A recomendação do MPF vale para municípios que não possam garantir imediato fornecimento do Tamiflu (remédio para tratamento da doença) ou assistência hospitalar adequada para os casos graves de gripe.
Mesmo nos municípios que preencham os requisitos estipulados pelo MPF, a recomendação é que não haja controle de frequência dos alunos e que o conteúdo ministrado seja disponibilizado aos alunos de forma alternativa.
Audiências
Segunda-feira serão retomadas as audiências nas 20 Varas do Trabalho de Curitiba e nas demais cidades em que estavam suspensas desde 29 de julho. Somente no Fórum Trabalhista de Maringá as audiências voltam no dia 21.