Transtornos

Greve dos vigilantes chega ao fim

Depois de quatro dias de braços cruzados, os vigilantes decidiram encerrar a greve em Curitiba e Pato Branco, na noite de ontem. Profissionais de Maringá, Ponta Grossa, Foz do Iguaçu e Cascavel já haviam voltado ontem ao trabalho.

A categoria decidiu aceitar a última proposta patronal, de reajuste de 7% no piso salarial, adicional de risco de vida de 12,57% (R$ 134), vale-refeição de R$ 13, pagamento dos dias parados e estabilidade de 60 dias.

Em Londrina e Umuarama, haverá nova assembleia hoje, mas a tendência é de que elas sigam a decisão da capital, que centralizou as negociações durante esta semana, segundo informações do Sindicato dos Vigilantes de Curitiba e Região.

O sindicato da capital comemorou o acordo. “Iniciamos a paralisação porque não tínhamos nenhuma perspectiva de acordo com ganhos reais para os trabalhadores e terminamos hoje com um ganho de 5% na massa salarial”, afirma João Soares, presidente da instituição.

A estimativa de fechamento do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) é de 6,47%, o que concederá um aumento real de 0,53% no piso, 2,6% no adicional de risco e 1,87% sobre o vale-refeição, totalizando um ganho real de 5% na massa salarial dos vigilantes. Agora, o piso do vigilante patrimonial será de R$ 1.066.

Ontem, ainda durante o quarto dia da greve, a maioria das agências bancárias de Curitiba estava parada, com apenas os caixas automáticos funcionando. De acordo com Eustáquio Moreira dos Santos, secretário de comunicação do Sindicato dos Bancários de Curitiba, nenhuma agência enfrentou problemas por falta de dinheiro.

“Os transportadores de valores trabalharam normalmente. Eles não têm ligação nenhuma com a greve. O discurso de falta de dinheiro é falso”, disse. Mesmo sendo proibido o funcionamento das agências sem pelo menos dois vigilantes, a reportagem flagrou algumas agências no Centro de Curitiba selecionando clientes para atendimento.

Fechados

A Secretaria de Estado da Cultura decidiu manter fechados os museus Oscar Niemeyer, Paranaense, Alfredo Andersen, Museu de Arte Contemporânea, Museu do Expedicionário e Casa João Turin ontem. A medida visava garantir a segurança dos espaços.