Policiais federais de todo o País realizam hoje assembleias regionais para definir o futuro da greve, que já dura 70 dias. Na semana passada, a Federação Nacional dos Policiais Federais, membros do Grupo de Trabalho que tratam da reestruturação da carreira e dos 27 sindicatos filiados se encontraram com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, para tratar das reivindicações dos policiais, porém, nada ficou decidido.
Iniciada em julho, a greve da Polícia Federal se juntou aos protestos e as paralisações de servidores de órgãos públicos federais. Pelo menos 25 categorias entraram em greve, tendo o aumento salarial como uma das principais reivindicações. O Ministério do Planejamento estima que a paralisação tenha envolvido cerca de 80 mil servidores. Em contrapartida, os sindicatos calculam que 350 mil funcionários aderiram ao movimento.
Ações
Segundo números dos policiais federais, a paralisação já derrubou em 64% o número de operações contra criminosos no País. Entre agosto e o mês passado, a PF executou 21 ações, enquanto no mesmo período do ano passado, ocorreram 59. Antes da paralisação, o órgão havia feito 166 ofensivas. Do dia em que a categoria cruzou os braços até quinta-feira passada, apenas 24 investigações foram efetivadas. Essa já é a maior greve da história da PF. Em 1994, a greve durou 62 dias, enquanto a de 2004, 64 dias.