Garganta do Diabo pode ser renomeada

Uma nova polêmica sobre nomes turísticos surgiu em Foz do Iguaçu. Desta vez diversas igrejas sugeriram que o nome do maior salto das Cataratas do Iguaçu, a Garganta do Diabo, seja mudado. O motivo é que o nome atual é negativo e por isso que não atrai boas energias. Membros da Secretaria Municipal de Turismo reuniram-se com diversas entidades do setor turístico e com representantes religiosos para discutir a questão. Na próxima quarta-feira a reunião será com líderes municipais da cidade argentina Puerto Iguaçu, onde localiza-se parte das Cataratas.  

De acordo com o secretário municipal de Turismo, Sérgio Lobato Machado, as entidades procuraram a secretaria ?alegando que é um nome baixo astral?. ?Por isso resolvemos fazer uma pesquisa nacional para ver o que a população do Brasil acha da mudança. E, na reunião com os representantes de Puerto Iguaçu, vamos decidir quais novos nomes vamos sugerir?, explicou. Machado afirmou que ainda não há nomes definidos, mas sim algumas sugestões como Voz de Deus ou Salto União. Caso a mudança seja aprovada pela população, a Prefeitura pretende colocar um telefone 0800 para votação.

A idéia da mudança começou com o pastor evangélico da Igreja Ceifa, Nélio Sander. ?Essa idéia surgiu há seis anos. Mas há três meses fui pesquisar e descobri que o nome Garganta do Diabo não é oficial. Ele veio de uma lenda popular que diz que surgiu do ódio de Deus contra dois índios. Mas eu acredito que Deus criou um lugar de inspiração e não de ódio. E o próprio dicionário diz que lenda é algo que deforma os fatos?, justificou o pastor. ?Os nomes sempre têm significado forte para o bem e para o mal?, completou.

O pastor argumentou que a mudança não é uma questão de marketing. ?É só um nome mais adequado?, explicou. Além de mudar o nome do salto, o pastor sugere que as escolas de Foz do Iguaçu façam uma campanha de conscientização. ?Queremos parceiros para fazer um concurso de redação sobre o tema. Aí os estudantes poderiam colocar a opinião deles?, afirmou.

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