Greve

Furos no Evangélico estariam prejudicando a faculdade

Nesta quarta-feira (12) os professores da Faculdade Evangélica do Paraná paralisam as suas atividades. O motivo desta paralisação é que os docentes não receberam integralmente o salário de outubro. Havia a promessa de que eles recebessem todo o salário no quinto dia útil de novembro, o que não aconteceu.

A paralisação foi decidida na última sexta-feira (08) durante assembleia realizada no Sindicato dos Professores de Ensino Superior de Curitiba (Sinpes). A princípio, esta greve é de advertência, podendo ainda acontecer uma segunda paralisação caso não ocorra o pagamento da primeira parcela do 13º salário até o dia 30 deste mês.

“Nós conseguimos uma boa adesão dos professores. Chegamos a parar 70% da faculdade. O curso de veterinária foi 100% interrompido”, comentou o vice-presidente do Sinpes, Valdyr Arnaldo Lessnau Perrini. Os alunos foram orientados a não comparecer às aulas nesta quarta e, segundo Perrini, também acataram à sugestão.

Caso os salários não sejam pagos até o final do mês e os professores não recebam a primeira parcela do 13° salário, uma nova paralisação está marcada para o dia 03 de dezembro.

Corrupção

Perrini afirma que o atraso nos pagamentos dos professores tem sido recorrente nos últimos seis meses. “Os pagamentos têm acontecido sempre 15 ou 20 dias depois do prazo”, desabafou.

A explicação dada pelo vice-presidente do Sinpes é de que a faculdade tem usado o dinheiro para gerir o Hospital Evangélico. “Não sei se o dinheiro é usado para tampar os furos da má administração ou se existe corrupção”, afirmou Perrini.

A solução para tentar impedir a transferência da verba seria a criação de uma conta vinculada à Justiça do Trabalho e que priorize o pagamento dos funcionários. Dessa forma, as mensalidades seriam pagas diretamente nessa conta. “Pretendemos entrar como uma liminar”, disse.

Divulgação/Ronaldo Becker