Funcionários dos Correios podem chegar a acordo

O Tribunal Superior do Trabalho (TST) marcou para hoje audiência de conciliação do dissídio coletivo entre a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) e a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect). A proposta apresentada pela relatora, a ministra do TST, Kátia Arruda, agradou as principais entidades representativas da categoria no País, mas foi recusada pela direção dos Correios.

Se a estatal recuar e aceitar a proposta da ministra -reajuste de 5,2%, reposição de 8,84% do vale-alimentação e manutenção de outros benefícios, é provável que a greve termine ainda hoje. Caso não haja acordo, na quinta-feira haverá o julgamento do dissídio coletivo, em Brasília.

Campanha política

Os Correios organizaram um mutirão no fim de semana em todo o Brasil para amenizar os prejuízos causados pela greve, iniciada na quarta-feira. No Paraná, 700 mil objetos postais foram entregues e 1,4 milhão foram triados. Cerca de 2 mil funcionários participaram da ação. Um funcionário convocado para o mutirão denunciou ontem ao Sindicato dos Trabalhadores nos Correios do Paraná (Sintcom-PR) que o material manipulado em Curitiba foi de campanha política para a prefeitura. A assessoria de imprensa dos Correios não se pronunciou sobre a distribuição de propaganda política. De acordo com o Sintcom-PR, mais de 4,5 milhões de correspondências estão encalhadas na sede da empresa, no Centro.

Levantamento dos Correios aponta que 92,5% dos empregados trabalham normalmente no Paraná. Porém, o secretário-geral do Sintcom-PR, Luiz Antônio de Souza, rebate os números patronais e diz que 2 mil dos 6,4 mil funcionários do Estado estão parados.