Frio aumenta atendimentos de doenças respiratórias

Dos 71,7 mil atendimentos feitos por toda a rede municipal de saúde de Curitiba (unidades básicas e de urgências) na semana passada, cerca de 29,5% foram motivados por doenças do aparelho respiratório em geral. Isso equivale a 21,2 mil consultas.

O número representa o momento de procura mais intensa pelo atendimento motivado por essa queixa em 2009, não é o de maior demanda já registrado na cidade, segundo dados do Centro de Epidemiologia da Secretaria Municipal da Saúde. A secretaria faz desde 2003 o acompanhamento semanal desses agravos nos serviços médicos.

A procura pelas unidades de saúde da Prefeitura no período é normal para a estação, mas perde para o verificado no ano de 2003 – mesmo com a demanda adicional derivada dos casos suspeitos da nova Influenza A.

Segundo o diretor do Centro, Moacir Gerolomo, o dado atual e o apurado em 2003 espelham a sazonalidade das doenças do aparelho respiratório. É o oposto do verificado no verão, quando a temperatura elevada estimula as pessoas a manterem os ambientes adequadamente ventilados. Este ano, no final de janeiro, as unidades de saúde da Prefeitura receberam apenas 6356 pessoas com a queixa, equivalentes a 9,61% da demanda geral.

Estamos falando agora da estação do ano mais propícia para esse tipo de agravo porque, contrariando as orientações de todo o profissional de saúde, as pessoas tendem a ficar em ambientes fechados, observa Gerolomo. Assim, completa, sem se dar conta, a população facilita a disseminação de agentes infecciosos eliminados na tosse, espirro ou fala e que podem determinar os mais variados tipos de doenças.

É o caso das gripes sazonais, da nova gripe (Influenza A / H1N1), da pneumonia e das meningites. Cada qual é determinada por um tipo diferente de microorganismo, mas as formas de prevenção são as mesmas e não devem ser esquecidas jamais: manter os ambientes ventilados (residências, escolas, escritórios, ônibus), usar lenço (preferencialmente descartável) ao tossir e espirrar e lavar as mãos após fazê-lo.