Emoção

Final da Copa mexe com espanhóis e holandeses

O sonho de conquistar o hexa na Copa do Mundo acabou para o Brasil. Porém, hoje, muitas pessoas que vivem no País vão viver momentos de tensão em frente à TV durante o jogo entre Espanha e Holanda. São os espanhóis, holandeses e descendentes que residem no Paraná e não deixam de lado suas raízes.

Holanda

Os primeiros holandeses chegaram ao Paraná, segundo informações divulgadas pelo governo do Estado, no ano de 1909, se instalando em uma comunidade próxima ao município de Irati.

Posteriormente, algumas famílias foram para a região dos Campos Gerais, instalando-se em locais como Arapoti, Castro e Carambeí. Nesta última cidade, em 1925, fundaram a Cooperativa Holandesa de Laticínios.

Atualmente, existem holandeses e descendentes em diversas localidades, inclusive em Curitiba. Um deles é o empresário Arnold Timmer, que nasceu na Holanda, chegou ao Brasil em 1975 (aos 23 anos de idade) e hoje é proprietário de uma confeitaria no bairro São Francisco, na capital. Ele conta que está bastante ansioso para o jogo e que vai torcer na companhia de amigos e familiares.

“Até o Brasil ser desclassificado, eu estava torcendo para o Brasil. Agora, tenho total liberdade para torcer pela Holanda. Vou assistir ao jogo na companhia de amigos alemães e tentar convencer a todos a torcerem pela Holanda. Já estou com as bandeirinhas da Holanda preparadas, com um chapéu nas cores da bandeira de meu país e com uma camisa laranja a postos”, conta.

Arnold acredita que o jogo de hoje vai ser bastante disputado, mas espera que o espírito esportivo prevaleça e não hajam agressões entre os jogadores rivais. “Acredito que os dois times são muito bons e que ambos merecem ganhar, embora minha torcida pela Holanda seja forte. Já vou me sentir muito feliz se a Holanda conseguir marcar dois a um sobre a Espanha. Está na hora de os holandeses conquistarem uma vitória na Copa”, diz.

Espanha

Já os primeiros espanhóis que chegaram ao Paraná, também de acordo com o governo estadual, formaram colônias em cidades como Jacarezinho, Santo Antônio da Platina e Wenceslau Braz.

Porém, a imigração espanhola foi mais intensa entre os anos de 1942 e 1952. Nesta época, os espanhóis formaram novos municípios, principalmente na região de Londrina, onde desenvolveram atividades comerciais, artesanais e ligadas à indústria moveleira.

Em 2010, conforme informações do Centro Espanhol no Paraná, são cerca de 10 mil espanhóis no Estado. Na capital, para o jogo de hoje, muitos vão se reunir na sede do Centro, no bairro Prado Velho.

No local, a torcida deve ser embalada pela tradicional paella, prato típico da comunidade de Valência e que pode ser preparado de diversas formas, sendo o mais tradicional feito de carne e frutos do mar.

“Alugamos um telão para assistir ao jogo no Centro Espanhol e decoramos o lugar para a partida. Não vai ser um jogo fácil e acredito que a Espanha não vá ganhar de goleada, pois não tem como objetivo ter grandes estrelas em seu time. Porém, a seleção espanhola, que já está trabalhando junta há bastante tempo, vai dar tudo de si para ganhar. Meu palpite é que o resultado vai ser de um a zero para a Espanha”, afirma a presidente do Centro Espanhol e vice-cônsul honorária da Espanha, Blanca Hernando Barco, que é filha de espanhóis.

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