Fiéis rezam pelos mortos em missa no Água Verde

Sombrinhas, cadeiras de praia e banquinhos. Estes acessórios não foram usados na praia em um dia de muito calor, mas na frente de um cemitério. Muita gente se protegeu do forte sol e aguentou a espera como pôde para assistir à missa de Dia de Finados celebrada pelo padre Reginaldo Manzotti na entrada do Cemitério Municipal do Água Verde, em Curitiba.

A missa já se tornou tradicional e atrai pessoas de várias regiões da cidade e da Região Metropolitana de Curitiba (RMC). “Eu sempre venho na missa aqui no Cemitério Água Verde. Para mim é um dia muito importante”, afirmou Ana Maria Kusma.

Já Lúcia da Silva estava acompanhando a missa no cemitério pela primeira vez e esperava as palavras do padre Reginaldo Manzotti com um buquê nas mãos. “Este é um dia para a gente rezar bastante”, explicou.

Célia Schilipacke e Maria Tereza Gomes também já participaram da missa de Finados no Cemitério da Água Verde em outros anos. “A gente vem por ser uma missa diferente. E também já aproveitamos e visitamos o túmulo dos nossos familiares”, comentou Maria Tereza.

O padre Reginaldo comentou que a tristeza pela morte de um ente querido deve dar lugar à esperança; a saudade, ao reencontro. “Neste estresse que vivemos todos os dias, este é um momento realmente para chamar a atenção e lembrar que ninguém é eterno”, ressaltou.

O arcebispo metropolitano dom Moacyr Vitti celebrou a missa de Finados na Catedral Basílica Menor de Curitiba. Ele lembrou que os católicos devem celebrar a ressurreição.

“O fundamento da fé está na ressurreição. A morte nos faz sofrer, mas não podemos perder o sentido a morte e da ressurreição com Cristo”, afirmou. De acordo com Vitti, o Dia de Finados também é uma oportunidade para reflexão sobre a vida e ações realizadas por cada um.