Fabricação de pizzas

Família de pastores é indiciada por tráfico de pessoas e trabalho escravo de crianças no Paraná

O trio atraia as crianças e adolescentes afirmando que a ação seria uma obra divina e que o dinheiro seria doado para crianças com câncer. Foto: Divulgação/Polícia Civil.

Três integrantes da família de líderes religiosos, que de acordo com a Polícia Civil do Paraná (PCPR), aliciavam crianças e adolescentes com intuito de submetê-los ao trabalho forçado, foram indiciados pelo crime de tráfico de pessoas com a finalidade de trabalho análogo à escravidão. Ao todo, as investigações apontaram 11 menores de idade como vítimas da família.

Durante a operação realizada pela PCPR no dia 23 de julho, em Maringá, no Norte do Paraná, seis ordens judiciais foram cumpridas contra os suspeitos, que estariam explorando as crianças na fabricação e venda de pizzas e também, obrigando uma adolescente de treze anos a trabalhar como faxineira na casa dos pastores.

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Conforme informações do portal G1, um apóstolo, bispa e o filho do casal – que também é pastor – e que comandam uma igreja em Maringá, seguem presos. Uma pessoa que trabalhava na instituição também foi indiciada. E um quarto suspeito segue sob investigação, em liberdade.

Os envolvidos também fora indiciados por associação criminosa e subtração de incapaz. As investigações, que foram realizadas pelo Núcleo de Proteção de Crianças e Adolescentes (Nucria), seguem agora para o Ministério Público.

Os crimes

Segundo a polícia, pai, mãe e filho são três líderes religiosos que comandavam a venda de pizzas feitas em uma igreja, em Maringá e cidades da região. O trio atraia as crianças e adolescentes afirmando que a ação seria uma obra divina e que o dinheiro seria doado para crianças com câncer.

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Após o aliciamento, os menores eram submetidos ao trabalho forçado, em jornada excessiva. Os suspeitos ainda obrigavam as crianças a prestar contas relacionadas às vendas, por meio de ameaças e agressões físicas e verbais.

Uma das vítimas, de 13 anos, foi subtraída dos pais para trabalhar como empregada doméstica na casa da família de pastores. Os pais que tentavam contestar os métodos do grupo também eram agredidos e ameaçados.