Faltam vagas para estacionar no centro

Procurar vagas para estacionar nas ruas do centro de Curitiba é uma tarefa árdua para os motoristas. Na maioria das vezes, o condutor não consegue um lugar rapidamente, precisando dar várias voltas na quadra ou ir atrás de um local mais afastado. Os motoristas reclamam da falta de vagas e querem que a Prefeitura de Curitiba amplie o espaço para estacionamento.

O motorista Antônio Santana diz que enfrenta dificuldades para encontrar um lugar para estacionar sempre que vai ao centro. Quando se cansa de procurar, deixa o carro em um lugar mais afastado. "Vou a pé ou de ônibus até onde preciso e não deixo em estacionamento particular. Além disso, acho um absurdo pagar o EstaR para estacionar na rua. Deveria ser de graça", opina.

O perito em seguro Michel Ribeiro, que vai ao centro freqüentemente, não pode esperar muito por uma vaga por causa do trabalho. Depois de dar algumas voltas na caça por um lugar e não achar nada, ele coloca o carro em um estacionamento. "Não tem outra saída porque preciso vir para cá. Até que hoje (ontem) dei sorte, pois encontrei uma vaga na primeira tentativa", comenta. Para ele, seria essencial aumentar o espaço para estacionar nas ruas do centro de Curitiba. "As pessoas reclamam de pagar o EstaR, mas sem ele seria muito pior. Muitos carros ficariam o dia inteiro na vaga", comenta.

Para as motos, o problema é ainda maior em determinados horários do dia. Os motociclistas necessitam estacionar seus veículos em uma área específica destinada à categoria. O motoboy Alexandre Fiorentino conta que muitas vezes falta espaço dentro da limitação para tantas motos. "Chega uma hora que não tem lugar para todo mundo. Se os motoqueiros colocarem na faixa regular, tomam multa. O jeito, nesses casos, é colocar a moto em um estacionamento particular, o que sai do nosso bolso. Um pouco mais de espaço seria suficiente", avalia.

Média

A chefe do setor de estacionamento regulamentado do EstaR, da Urbs-Diretran, Cássia de Aragão, revela que existem 6.608 vagas na ruas da área central de Curitiba. Cada uma atende, em média, quatro veículos por dia. Ela admite que os motoristas realmente encontram dificuldades em certas áreas, como Praça Osório, Praça Carlos Gomes, Praça Rui Barbosa e Avenida Sete de Setembro. Um dos motivos para isso, de acordo com ela, é o aumento no número de veículos que transitam pela cidade. "O fluxo de carros tem aumentado bastante. Por causa disso, às vezes, as vagas são retiradas para facilitar as vias de acesso e dar mais condições ao fluxo", argumenta.

Ela aconselha o motorista que precisa ir até o centro a utilizar o sistema de transporte coletivo para evitar congestionamentos durante a procura por uma vaga na rua. Cássia ainda informa que o condutor pode parar o carro em áreas que permitam a permanência por três horas, normalmente um pouco afastadas do centro. "Às vezes vale a pena estacionar na Avenida Silva Jardim, onde o carro pode ficar até três horas, e ir a pé até a Sete de Setembro", exemplifica. O limite de permanência na área central é de duas horas.

Segundo a chefe de estacionamento regulamentado, não existe espaço no centro da cidade para aumentar o número de vagas. "Na mesma área, temos ainda os pontos de táxi, pontos de ônibus, carga e descarga, vagas especiais para deficientes físicos e para paradas de 15 minutos com pisca-alerta. Não tem área para expandir", salienta Cássia.

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