Exame de ressonância magnética está desativado no HC

Um dos exames mais importantes para diagnosticar pacientes que sofrem de leucemia está desativado há dois meses no Hospital de Clínicas (HC) em Curitiba. Os exames de ressonância magnética, que deveriam ser feitos no HC, estão sendo encaminhados para o Hospital São Vicente, também na capital.

A direção da instituição justifica o insucesso de dois processos licitatórios para a contratação de empresas para a prestação do serviço. De acordo com o diretor do HC, Giovanni Loddo, em ambas as licitações – a primeira realizada ainda na vigência do último contrato – não apareceram interessados em participar do processo.

Segundo Loddo, o valor repassado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) não é interessante para as empresas, que se sentem desmotivadas a participar das licitações. ?O custo operacional do exame é alto e os valores repassados pelo SUS não atende o que as empresas esperam?, conta Loddo.

Segundo a direção do HC, cada exame custa R$ 268,75 – custo que envolve uma equipe de profissionais, além do operacional do equipamento, que utiliza gás hélio. ?Além do custo operacional de cada exame, as empresas precisam desembolsar alto para adquirir os equipamentos, que custam em média de R$ 4 milhões a R$ 5 milhões?, comenta o diretor.

Loddo conta ainda que uma nova licitação já está em andamento. ?Começamos um novo processo recentemente e, num prazo de 4 a 5 meses, pretendemos já ter o serviço à disposição dos nosso profissionais?, prevê. De acordo com o diretor, a cota de 130 exames, estabelecida pela Prefeitura de Curitiba, será integralmente repassada para o Hospital São Vicente, que é mantido pela Fundação de Estudos das Doenças do Fígado (Funef).

No período em que o HC não teve disponível a prestação de serviço para realizar os exames, o hospital contou com recursos de entidades da iniciativa privada. ?Tomamos todas as providências cabíveis. Para os casos de emergência foram realizados exames gratuitamente, subsidiados por entidades filantrópicas?, ressalta.

O diretor do HC também conta que o hospital tem um déficit que gira em torno de R$ 1 milhão a cada mês. ?Com esse ?buraco? no nosso orçamento é inevitável que tenhamos as crises que enfrentamos freqüentemente?.

Além de ser fundamental para o preparo de possíveis transplantes de medula óssea, os exames de ressonância magnética também são usados pelos serviços de neurocirurgia e ortopedia.

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