Erasto Gaertner vai atender crianças iraquianas

Vinte crianças iraquianas estão vindo realizar tratamento de câncer no Brasil. Duas delas vão ser atendidas pelo Hospital Erasto Gaertner, em Curitiba. Devido ao conflito com os Estados Unidos, faltam equipamentos e medicamentos nos hospitais e o Ministério da Saúde do Iraque encontra dificuldades para tratar seus doentes. A Câmara de Comércio e Indústria Brasil Iraque, com sede em São Paulo, está fazendo a intermediação com os hospitais brasileiros.

Dois leitos já foram disponibilizados para o atendimento no Hospital Erasto Gaertner. O Ministério da Saúde do Iraque vai arcar com as despesas de transporte e estadia e os hospitais com o tratamento, incluindo as sessões de quimioterapia. Segundo o presidente da Câmara, Jalal Jamel D. Chaya, depois da posse do novo governo iraquiano, marcada para a próxima quarta-feira, a data da vinda das crianças deve ser definida. “Acreditamos que até a segunda quinzena de julho já estará tudo resolvido”, revela. Por enquanto, 20 crianças devem vir ao País, mas esse número pode aumentar já que várias instituições se prontificaram a ajudar. Outros países também estão engajados: a Inglaterra já disponibilizou 50 vagas e os Estados Unidos também.

De acordo com o superintendente da Liga Paranaense de Combate ao Câncer, Luiz Antônio Negrão Dias, ainda não se sabe qual é o tipo de câncer das crianças que vão ser atendidas pelo hospital. Ele afirma, porém, que os mais comuns são as leucemias e os sarcomas (tumores que acometem os músculos e cartilagens).

A permanência das crianças no Brasil também não está definida e vai depender do tipo de doença e da resposta ao tratamento, podendo variar entre quatro meses e um ano.

Referência

O Erasto Gaertner foi um dos escolhidos para participar do projeto porque é referência no tratamento de câncer. São vários os atendimentos, entre eles cirurgias de alta complexidade com elevado índice de sucesso. Além disso, nas sessões de quimioterapia são usados remédios que produzem poucos efeitos colaterais, e os pacientes respondem bem ao tratamento. Nesse momento, estão sendo testados 18 medicamentos. A instituição também faz o auto-transplante de medula óssea. A medula é retirada, tratada e depois implantada de volta. Por mês são atendidas 17 mil pessoas, entre crianças e adultos.

Os outros hospitais brasileiros que vão atender as crianças iraquianas são Hospital Mário Kroef, do Rio de Janeiro, Sociedade Piauiense de Combate ao Câncer, Associação Feminina de Prevenção e Combate ao Câncer, de Minas Gerais, Fundação Hospital Amaral Carvalho, do interior de São Paulo, e Hospital Araújo Jorge, de Goiás.

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