Depois de oito dias de greve, terminou ontem a paralisação dos trabalhadores de empresas de vigilância de transporte de valores em Curitiba e região. Em uma longa negociação, os trabalhadores aceitaram a proposta de margem mínima oferecida pelos patrões.
Hoje cedo, eles vão se reunir para por um ponto final oficial no protesto. O acordo tem validade por dois anos e os dias parados serão compensados no período de dois anos. Para 2011, o reajuste será de 0,5% mais o Índice Nacional de Preço ao Consumidor (INPC) sobre todas as verbas.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Vigilantes de Curitiba e Região (SindVigilantes), João Soares, o piso para os vigilantes de carros-forte vai receber um acréscimo de 5,5%, passando de R$ 1.243 para R$ 1.311,36.
O vale-alimentação também foi reajustado, passando de R$ 13,90 para R$ 15. Para quem faz serviço interno, o salário será de R$ 680 nos seis primeiros meses e, após isso, os vencimentos passam para R$ 700. O vale-alimentação também sofreu alteração e custa agora R$ 11,90.
“A proposta foi bem interessante, tanto é que 80% da categoria a aceitou. Ficamos plenamente satisfeitos porque conseguimos avançar com as negociações. Estou certo que a categoria sai ainda mais fortalecida”, afirma Soares.
Apesar do sucesso das negociações, o sindicalista admite que não foi um trabalho fácil, uma vez que houve pressão para fechar o acordo pois, em outros estados, as negociações já haviam acabado. “Em outros estados, o acordo fechado foi de 0,5%. Batemos o pé e conseguimos 5,5%”, revela.