Nota publicada ontem no site do Setransp diz que as empresas de ônibus de Curitiba e região estão “extremamente preocupadas com o andamento da crise que afeta o transporte público do Brasil”. “Discursos inflamados, utilização da mídia para desviar foco dos reais problemas e demonização do sistema estão colocando em risco um sistema modal que já foi considerado exemplo para o mundo, mas que ainda hoje, apesar das mazelas, continua sendo o melhor do Brasil”, diz o texto.
Segundo o comunicado, “o transporte coletivo não é feito apenas pelos empresários que fazem pesados investimentos, milhares de reais em novos e modernos ônibus, mas também da massa de mais de 15 mil colaboradores diretos, 60 mil indiretos, que trabalham 24 horas por dia para colocar quase 2 mil ônibus rodando e transportando 2 milhões de passageiros”.
Realidade
O Setransp cita que “trânsito caótico, obras em todas as partes da cidade, gerenciamento público ineficiente, bilhetagem eletrônica ultrapassada, prosperam para que indicadores de qualidade não sejam atingidos” e “empresários do transporte coletivo e seus colaboradores não podem ser colocados sozinhos no centro desta discussão”.
Para o sindicato, regras, planilhas de custo, normas de utilização, infraestrutura urbana, tributos, entre outros itens, não dependem das empresas e dos empresários do setor, mas do poder público. “A CPI, conduzida de maneira responsável e transparente, será a grande oportunidade para a sociedade conhecer a realidade do sistema de transporte coletivo de Curitiba e Região Metropolitana”, finaliza.