Em setembro, Curitiba terá um “Dia sem Carro”

Curitiba vai participar pela primeira vez da campanha “Dia sem Carro”, que acontecerá em âmbito mundial no dia 22 de setembro. A idéia, segundo a presidente da Urbs (empresa que gerencia o trânsito e o transporte coletivo em Curitiba), Yára Eisenbach, é zelar pelo meio ambiente e propor um dia mais saudável. “Não vamos proibir nem mesmo multar quem estiver transitando em transporte individual. O que a gente está pedindo é a adesão, a conscientização. E a gente sabe do amor que os curitibanos têm pela cidade”, apontou Yára.

A campanha deverá ser realizada apenas em uma parte da região central da cidade, ainda não definida, e terá a duração de 24 horas. “A gente não faz nada sem um planejamento tático. Vamos estudar qual seria a melhor parte do centro para atingir nossos objetivos, sem que isso cause transtorno”, acentuou. A idéia é que apenas o transporte coletivo – incluindo ônibus e táxis -, além de bicicletas, circulem nesse dia. Os demais veículos, inclusive motocicletas, devem ser deixados em casa.

A adesão de Curitiba à campanha foi selada na semana passada, em Brasília, pelo prefeito Cássio Taniguchi e os ministros das Cidades, Olívio Dutra, e do Meio Ambiente, Marina Silva. No mundo todo, a campanha ocorre desde 97. No Brasil, ela acontece pelo terceiro ano consecutivo. No ano passado, segundo Yára, 19 cidades brasileiras aderiram ao movimento.

Repercussão

A novidade pegou muitos motoristas curitibanos de surpresa. “Ouvi falar do dia de paralisação, mas nem sei qual é a finalidade”, afirmou o taxista Airton Julio Cavanha, no ramo há 13 anos. Segundo ele, “se for para o bem do Brasil, a campanha é bem vinda”. Com ponto na Praça Tiradentes, marco zero de Curitiba, Cavanha informou que quase 70% de suas corridas são realizadas no centro da cidade. Para o taxista Vilson Conrado, a campanha é positiva, especialmente porque deixa os táxis de fora. “O táxi também é transporte coletivo, com a diferença que polui bem menos do que o ônibus”, defendeu.

Para Anderson Rech, motorista autônomo, a campanha só surtirá efeito se for mediante alguma penalidade. “Campanhas assim não funcionam. Iria parar toda a cidade”, acredita, acrescentando que ele próprio não deverá aderir. “Se todos pararem, eu paro. Mas se não houver punição, eu venho trabalhar”, afirmou. “O problema é que todas as entregas que faço, das 7h às 15h, são no centro.”

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