Economista defende ferrovias

Um país de dimensões continentais, como o Brasil, deveria ao longo da história ter dado mais atenção ao transporte ferroviário. E não só a ele, mas como também ao transporte fluvial. Todavia, apenas o transporte rodoviário foi valorizado nas últimas décadas. A posição é do economista e especialista em ferrovias Darcy Veiga, que proferiu palestra ontem, em Curitiba, sobre a história das ferrovias no Paraná.

Veiga disse que depois da 2.ª Guerra Mundial forças políticas e a própria deturpação cultural fizeram com que o brasileiro valoriza-se apenas o transporte rodoviário. “É um crime contra a pátria esquecer das estradas de ferro e das navegações”, avaliou. O economista destacou que na década de 40 o Brasil possuía no mínimo 400 navios. “Hoje com boa vontade dá para contar uns vinte”, disse

Veiga destacou que o custo do transporte ferroviário, se existissem estradas de ferro de boa qualidade, seria muito menor que o rodoviário. “Custa US$ 60 por tonelada de soja o transporte via rodovia do Mato Groso até Paranaguá. Se fosse feito via ferrovia seu custo seria 30% menor”, revelou.

Voltar ao topo