Duas câmeras roubadas da bagagem

A viagem de lua-de-mel acabou se transformando em um problema na vida do publicitário Alessandro Barrim, de Curitiba. Ele viajou para Buenos Aires, na Argentina, no último dia 14 de janeiro, e não perdeu apenas tempo esperando pela aeronave em função da crise aérea. Teve duas câmeras fotográficas digitais roubadas de sua bagagem que havia sido despachada.

De Curitiba para Buenos Aires, Alessandro e a esposa pegaram um vôo da TAM. Ao chegarem à cidade argentina, ainda no aeroporto, notaram que o zíper da mala não estava na posição que costumavam deixar. ?Abrimos a mala e notamos que as máquinas haviam sumido. Registramos queixa na companhia aérea, mas ela está se isentando da responsabilidade. É um absurdo. Entregamos nossa bagagem no balcão, sob responsabilidade da companhia, e esperávamos que ela voltasse inteira. Alguém tem que se responsabilizar pelo sumiço de nossos equipamentos?, afirma o publicitário.

No retorno para Curitiba, no último dia 19, em um vôo da Gol, Alessandro teve nova surpresa desagradável. Ao chegar ao aeroporto Afonso Pena, notou que o cadeado de sua mala havia sido rompido e a bagagem havia sido aberta. Dessa vez, nada foi levado, mas a indignação do casal aumentou. ?Quem abriu nossas malas, tanto na ida quanto na volta, só pode ser pessoa ligada às companhias. É inadmissível que as bagagens sejam violadas e ninguém se responsabilize por isso?. Alessandro estima o prejuízo financeiro com o sumiço das duas câmeras em cerca de R$ 1.400,00. Ele diz que, se não for ressarcido pela TAM, vai entrar com uma ação judicial.

A assessoria de imprensa da TAM informa que, pelo Artigo 1743D da International Air Transport Association (IATA), não é permitido o transporte de câmeras ou qualquer tipo de equipamento eletrônico na bagagem despachada e que, ?caso seja feito o transporte desses objetos, o cliente deve estar ciente de que são de sua inteira responsabilidade?. A companhia afirma ainda que tem alertado os clientes sobre a norma através da distribuição de panfletos e informações passadas por sua equipe de colaboradores. ?A companhia alega que é proibido levar equipamentos eletrônicos na bagagem despachada e que informa isso a seus passageiros. Em momento algum recebemos essa informação?, rebate o publicitário.

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) informa que, para receber qualquer tipo de ressarcimento, o publicitário terá que provar na Justiça que realmente tinha duas câmeras em sua bagagem e que elas sumiram. A Gol não retornou o pedido de informações de O Estado.

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