Docentes municipais paralisam atividades

Professores das escolas municipais de Curitiba vão cruzar os braços hoje, a partir das 15h. Eles vão realizar um ato público em frente à Prefeitura e, às 16h, têm uma reunião marcada com representantes das secretarias municipais de Educação e Administração para discutir as reivindicações da categoria. Às 17h30, uma nova assembléia deverá definir os rumos do movimento.  

Os professores municipais reivindicam, entre outros benefícios, reajuste salarial de 25,23% e equiparação de salários para todos os educadores do ensino fundamental – tanto aqueles que dão aula nas turmas de 1.ª a 4.ª séries como os de 5.ª a 8.ª, as chamadas docência um e docência dois. ?Muitos professores de 1.ª a 4.ª têm curso superior e ganham menos do que os outros. A diferença chega a R$ 230?, afirmou a presidente do Sindicato dos Servidores do Magistério Municipal de Curitiba (Sismmac), Diana Cristina de Abreu.

Segundo ela, a categoria aguarda com expectativa a reunião de hoje. ?Esperamos que o prefeito se sensibilize. Os professores de Curitiba são excelentes e recebem os piores salários das capitais do Sul e Sudeste?, observou.

No dia 11 de abril, a categoria já teve uma abertura de negociação com a Prefeitura, quando foi feita uma pauta com as principais reivindicações dos professores. O reajuste de 25,23%, entretanto, não figurava na pauta, de acordo com a assessoria da Secretaria de Educação. Porém, a secretaria informou que na gestão Beto Richa já foi concedido reajuste de 17,98% (em três vezes). Para hoje, como informa a secretaria, estão previstas discussões de assuntos como a equiparação, revisão do reenquadramento de carreiras, crescimento horizontal com progressão, implantação do nível quatro (para professores com mestrado e doutorado), entre outras.

Ainda de acordo com a secretaria, alguns pontos da pauta já foram enviados em forma de projeto de lei para a Câmara Municipal de Vereadores pelo prefeito Beto Richa. Entre eles, a diminuição da diferença salarial dos professores da educação fundamental, ou docências um e dois (segundo a secretaria, a diferença cairía de R$ 229 para R$ 91); aumento de 16,8% para os professores de 1.ª a 4.ª série (docência um); a criação do nível quatro e a gratificação para diretores e vice-diretores de escolas. 

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