DNIT retoma obras na ponte da BR-116

A ponte sobre a represa de Capivari-Cachoeira, na BR-116, que desabou em janeiro desse ano, deve ficar pronta até janeiro de 2006. No último domingo, o Departamento Nacional de Infra-Estrutura em Transportes (DNIT) no Paraná, decretou uma emergência para as obras de reconstrução no local, o que possibilita que a construção seja feita sem edital de licitação para a contratação da empresa que fará os trabalhos. "Já iniciamos os trabalhos de reconstrução do trecho que ruiu", afirma o coordenador do órgão no Paraná, David Gouvêa.

A ação foi tomada com base em laudos dos técnicos do órgão em Brasília que estiveram vistoriando a ponte que caiu e a outra, que permanece em operação. De acordo com Gouvêa, o projeto escolhido é uma estrutura mista de aço e concreto, que permite rapidez na execução. E em lugar dos 80 metros que desabaram, serão reconstruídos 120 metros, de forma que a ponte termine em terreno firme, sem a necessidade do aterro de cabeceira.

Com a ponte pronta, o tráfego será desviado para a ponte reconstruída e, a partir daí começam as obras emergenciais na ponte que atualmente está em uso, e também necessita de manutenção urgente. As obras nas duas vias não podem durar mais do que seis meses, que é o prazo para realização de obras emergenciais. Gouvêa pediu ainda a compreensão dos motoristas e apelou que não sejam feitos comboios de caminhões sobre a ponte que está em funcionamento, já que ela trabalha acima da capacidade.

Obras

O DNIT fará vigas produzidas industrialmente em aço e as instalará sobre os novos pilares, para apressar a obra. "Isto permitirá concluir a reconstrução num prazo máximo de cinco meses", garante. Ele revela que o valor total dos trabalhos, desde que a ponte desabou até os reparos na que está em pé, deve ficar entre R$ 25 milhões e R$ 30 milhões.

O coordenador afirmou que a contratação de obras pelo regime de emergência não significa pagar mais caro. "É uma forma de evitar demoradas licitações", explica. Segundo ele, alguns processos licitatórios consomem mais tempo na escolha da empresa do que na própria obra. A contratação por emergência será feita pelo preço mais "próximo da realidade", e é permitida nos casos onde há necessidade premente de realização da obra. "Não podemos perder tempo, pois qualquer problema com a ponte que está em operação, e que precisa de manutenção, pode significar o fechamento da mais importante ligação rodoviária entre o Norte e o Sul do País", frisou.

Essa é a terceira vez que o DNIT decreta emergência na ponte desde que ela entrou em colapso, matando um motorista de caminhão e ferindo outras três pessoas. A queda ocorreu porque o aterro da cabeceira norte deslizou durante chuva intensa na área. 

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