Diabetes já atinge 10 milhões de pessoas

Cerca de 10 milhões de pessoas, em todo o Brasil, sofrem de diabetes. A doença é crônica e caracterizada pelo mau funcionamento do pâncreas, que deixa de produzir ou passa a produzir uma quantidade insuficiente de insulina. Ontem, no Dia Internacional do Diabético, testes para detectar a quantidade de glicose no sangue e identificar se a pessoa é ou não portadora da doença foram realizados gratuitamente em diversas regiões do País. A taxa de glicose é medida por meio de uma gotinha de sangue retirada do dedo.

O médico endocrinologista Henrique Suplicy, de Curitiba, informa que existem dois tipos de diabetes. O tipo 1 pode se manifestar em qualquer idade da vida, sendo mais comum em crianças, adolescentes e jovens. O tratamento é baseado em insulina. “Geralmente as pessoas que sofrem de diabetes tipo 1 são extremamente magras. No início, se não tratado, pode levar ao coma”, afirma.

O tipo 2 desenvolve-se em pessoas com mais de 40 anos de idade e, em algumas mulheres, durante a gestação. Pode ser controlado com dietas, onde se evitem açúcar, gorduras e bebidas alcoólicas, aliadas a exercícios físicos, medicamentos e insulina. O comerciante Valdinei Gonçalves dos Santos, de 44 anos, descobriu que tinha diabetes tipo 2 há um ano. “No início, precisei tomar remédios, mas hoje já não os utilizo mais. Tive que mudar minha dieta alimentar, deixando de comer produtos ricos em açúcar e gordura. Faço controle periódico da taxa de glicose”, conta.

Os principais sintomas do problema são: dores nas pernas, cansaço, necessidade de urinar várias vezes, visão turva, sede e fome, sendo que, por mais que coma, a pessoa não engorda. Se mal tratada, a diabetes pode levar a complicações crônicas, que geralmente começam a se manifestar após dez anos. Entre as complicações: lesão de fundo de olho, que pode levar à cegueira, nos rins, podendo ser necessário transplante.

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