Facilidade

Detran credencia novas clínicas para exames médicos especiais

Pessoas com deficiência contam com duas novas clínicas médicas credenciadas em Curitiba e Maringá. Com isso, já são seis empresas que oferecem o serviço aos motoristas que precisam de veículo adaptado para dirigir, por exemplo. O atendimento, que até 2012 era feito somente no Departamento de Trânsito (Detran) da Capital, é ofertado também em Pato Branco, Cascavel, Marechal Cândido Rondon e Colorado.

“Ao descentralizar o atendimento, o tempo de espera pelos exames caiu de 12 meses, em 2010, para três meses em 2012 e chegou a uma semana em 2013. Com a mudança, os moradores destas regiões não precisam mais fazer viagens longas para fazer os exames e ganham mais comodidade” explica o diretor-geral do Detran em exercício, Ivaldo Patrício.

O valor pago pelos usuários continua o mesmo – R$ 82,83. Para cobrir os custos das clínicas privadas, que devem contar com dois médicos especialistas em medicina do tráfego para fazer os exames, o Detran subsidia parte do valor total. Além disso, os exames realizados na sede da autarquia, em Curitiba, são mantidos para todos os motoristas do Estado.

Superação

Todos os anos são realizados, em média, 2 mil exames especiais no Paraná. A servidora pública Juliana Batistel, de 31 anos, fez o procedimento depois de um acidente de moto que levou à amputação da perna direita acima do joelho e exigiu uma série de adaptações em sua vida.

“Eu voltava do trabalho na garupa da moto do meu irmão quando um motorista com um carro fez uma conversão proibida e nos atingiu. Eu dirigia há seis anos, mas depois do acidente tive que aprender a frear e acelerar o carro com a perna esquerda. Para isso, tive que adaptar o carro com um sistema semiautomático para engatar a marcha. Além disso, o veículo passou a contar com um câmbio com sensor que, ao aproximar a mão, identifica a troca de marcha e, automaticamente, deixa o carro neutro”, conta.

Quando tinha 19 anos, o gerente comercial Ericson Rodrigues, hoje com 39 anos, sofreu um acidente durante uma atividade no trabalho e teve a mão amputada próximo ao pulso. Ele conta que teve muitas dificuldades, principalmente para voltar a dirigir.

“É preciso ser franco consigo mesmo e nunca devemos desistir, pois cada conquista é uma realização. Depois que superamos os limites, dirigir se torna um prazer. Temos uma sensação de controle da máquina e isso é importante para voltar a nossa rotina”, disse.