Possível solução para melhorar o sistema de transporte público é proposta pelo deputado estadual Neivo Beraldin. Trata-se da criação do Expresso Metropolitano de Curitiba, cujo projeto prevê o aproveitamento dos espaços onde hoje estão instaladas as linhas férreas que cortam a cidade para a utilização de trens elétricos.
Uma das vantagens do sistema é o custo da passagem, que seria a metade do atual valor (R$ 2,20). “Isso porque o uso da eletricidade em vez do diesel barateia os custos”, diz.
Segundo o parlamentar, existem mais de 100 quilômetros de ferrovias que poderiam ser usadas para integrar municípios da Região Metropolitana de Curitiba.
A ideia é aproveitar inicialmente as chamadas linhas Vermelha (38 quilômetros), entre Curitiba e Araucária, Verde, de Curitiba a Piraquara (20 quilômetros) e Amarela, entre Curitiba e Rio Branco do Sul (44 quilômetros).
O projeto de Beraldin rejeita a estratégia discutida nesta semana por técnicos das prefeituras, da Coordenação da Região Metropolitana (Comec) e representantes do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes do Paraná (Dnit), de retirar as linhas ferras que passam pelo perímetro urbano.
“Nossa proposta é a não retirada dos trilhos para abertura de avenidas, contribuindo ao aumento da frota de carros nas ruas, congestionando ainda mais o trânsito”. Segundo o deputado, o sistema beneficiaria mais de um milhão de usuários do transporte coletivo da região metropolitana.
Ambiente
“O objeto do projeto, que não interfere na construção do metrô norte sul, é implantar sistema mais ágil e econômico, com trem elétrico rodando com pneus de borracha e sem causar prejuízos ambientais”, argumenta.
O projeto prevê a reforma das subestações existentes e a construção de outros 28 terminais, além de obras de paisagismo e construção de ciclovias. A previsão de custo total das obras é em torno de 73 milhões de dólares, sem a necessidade de desapropriações.