Depósito de fogos da Lanza explode outra vez

Uma explosão, ocorrida às 18h21 de anteontem, no depósito de fogos de artifício da Lanza, assustou a população do município de Fazenda Rio Grande, na Região Metropolitana de Curitiba. A ocorrência foi atendida pelo sexto grupamento do Corpo de Bombeiros de São José dos Pinhais, que enviou dois carros ao local, sendo um de combate a incêndios.

De acordo com os bombeiros, 400 metros quadrados de área construída foram destruídas. A perda foi total. Um veículo Iveco, pertencente à própria empresa de fogos, também foi atingido.

Nenhuma pessoa saiu ferida, pois o local era isolado, não estando próximo de rede elétrica nem de residências, como determina o Corpo de Bombeiros. “Estavam no local dois rapazes, que trabalham com shows”, contou um dos proprietários do depósito, André Lanza. “Porém eles ouviram a explosão e saíram correndo. Quando se trabalha com fogos de artifício a regra é: viu fogo, sai rápido de perto do local. Vamos seguir em frente e tentar reconstituir nosso depósito. Só não sabemos ainda de que forma.”

O Instituto de Criminalística está cuidando do caso e, em breve, deve emitir um laudo apontando as causas do acidente, ainda desconhecidas. Foi perdida uma tonelada de fogos de artifício. O prejuízo calculado é de cerca de R$ 70 mil.

Nova tragédia

O incidente de quinta aconteceu quase 12 anos depois da tragédia que destruiu a loja de fogos da família Lanza na esquina da Avenida Visconde de Guarapuava com a Marechal Floriano Peixoto, e terminou com a morte do proprietário, André Lanza Lopes, da mulher dele, Janete Lanza Lopes, e da filha do casal, Rosângela. No dia 17 de novembro de 1990, por volta das 14h, um caminhão carregado de fogos explodiu na frente da loja, e o fogo se alastrou para o prédio onde até hoje funciona o estabelecimento. O incêndio só não foi maior porque os bombeiros – cujo quartel fica a poucas quadras do local – agiram rapidamente.

Segundo testemunhas, o incêndio foi provocado por um menino de rua, que teria jogado um jornal em chamas dentro do caminhão, que descarregava algumas caixas de rojões. Conforme relatou, na época, a repórter Mara Cornelsen, de O Estado, “com o forte calor, em poucos segundos o fogo consumiu os fogos que estavam dentro do veículo, provocando uma reação em cadeia que atingiu as bombas que estavam na loja, dando início à tragédia, que durou quase duas horas”. Os funcionários que estavam na parte da frente da loja ainda conseguiram escapar, mas André Lanza – que provavelmente tentou salvar a mulher e a filha, que estavam nos fundos – acabou morrendo junto com elas.

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