Deficientes defendem inclusão social

Não se deve falar em inclusão dos deficientes físicos, mas sim em oferecer condições para que não seja feita a exclusão. A frase sintetiza uma das maiores lutas dos portadores de deficiência física: acessibilidade ao convívio social e ao trabalho. Na data em que se comemora o dia dedicado a eles, os deficientes pedem à sociedade uma maior atenção a existência deles.

Apesar de existir uma lei em vigor que determina que empresas que tenham mais de 100 funcionários disponibilizem 5% da cota de trabalho aos deficientes, o grande problema é o não cumprimento dessa proposta. Não necessariamente pela má vontade dos empregadores, mas devido à falta de sensibilidade para adaptar os ambientes aos deficientes. ?Os imóveis e móveis devem ser repensados para poderem ser freqüentados e utilizados pelos deficientes. Esses dias fui a um cinema que tinha rampas do lado de fora, mas para entrar na sala, uma escadaria?, diz o presidente da Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD), Eduardo de Almeida Carneiro. Ele ressalta que no último censo, ficou constatado que quase 15% da população tem algum tipo de deficiência – boa parte apresenta problemas físicos.

?Aos poucos, os deficientes vão ganhando mais espaço, à medida que conseguem circular pela cidade?, acredita Carneiro, lembrando que há algumas décadas era difícil ver um deficiente físico freqüentando escolas ou trabalhando. O presidente da Associação dos Deficientes Físicos do Paraná, Mauro Nardini, concorda. ?Há muita teoria, mas ainda pouca prática?, afirma. Ele conta que não deixa de ir aos locais em que deseja, mas confessa já ter reclamado muito do descaso com os deficientes. 

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