Só pros preparados

De 7 milhões de concurseiros, apenas 1% é aprovado

Quem não gostaria de ganhar um bom salário, com todas as vantagens, mais garantia de estabilidade no emprego? Este é o sonho de pelo menos sete milhões de pessoas que estudam hoje para passar em um concurso público. Por isso mesmo, poucos conseguem realizar, já que pouco mais de 1% vai conquistar uma vaga. Como ser um desses? Larisson Mendes, um dos diretores do site Rota dos Concursos, dá as dicas.

Somente em 2013, quase 80 mil vagas foram abertas em concursos públicos em todo o País, em diversas áreas e para todos os níveis de escolaridade. A grande quantidade de vagas é acompanhada de um enorme número de candidatos, o que faz com que a concorrência seja alta e a dificuldade para passar aumente. Por isso, preparação e dedicação são essenciais para o sucesso de quem sonha em passar em um concurso.

Três características são fundamentais, segundo Larisson, para os candidatos de concursos públicos: disciplina, motivação e capacidade de resiliência (superar obstáculos). A quantidade de horas dedicada ao estudo não é o mais importante, e sim a qualidade e a forma como ele é feito. “Estudar 20 horas por dia não vai adiantar. Não adianta ficar fazendo muita leitura, sem praticar. Faça muitos exercícios”, aconselha Larisson.

Dicas

Manter-se motivado e persistir nos estudos é a maior dificuldade dos candidatos, de acordo com Larisson. Para não perder o foco, é preciso saber que o resultado vem em longo prazo. “A decepção pode ser maior se a pessoa acreditar que vai passar nos próximos três ou seis meses”, ressalta. O tempo médio para a aprovação, segundo ele, é de dois anos. “Em concursos que exigem mais, como de juiz, diplomata, procurador, esse tempo é de quatro ou cinco anos”, complementa.

Não abrir mão do lazer e de outras atividades pelos estudos também é essencial. “É necessário equilíbrio para se manter motivado. Não cortar o lazer, não abrir mão do contato com a família, das coisas que gosta. Se cortar tudo isso vai ficar insuportável e a pessoa não vai conseguir continuar por muito tempo”, destaca Larisson. Ele acredita que atitudes extremadas não levam a aprovação nem mesmo em longo prazo.

Prestar tudo quanto é tipo de concurso não o ideal para quem realmente quer garantir uma vaga. “A pessoa precisa, primeiro, ver o que quer fazer, o que deseja mesmo. Quanto mais constante se mantiver, melhor. Focar em um concurso só seria o ideal”, avalia o diretor da Rota de Concursos. “É possível focar em áreas, como policial, judiciária ou legislativa. É importante que se faça outros concursos, até como teste, porém é preciso ficar focado em um”, diz.

Sozinho ou em grupo?

Para Larossin, os cursos preparatórios são interessantes, desde que o candidato escolha um que seja individual, com matérias soltas. “Os pacotes que os cursinhos frequentemente vendem não são adequados para a aprovação. O melhor é que o aluno pega matérias soltas, como Direito Constitucional, Direito Administrativo, e faça as aulas separadamente”, destaca.

Estudar em grupo é outro fator que aumenta a motivação. “A pessoa não se sente sozinha. Ajudar e ver outras pessoas na mesma situação é muito motivador‘, comenta Larossin. Além disso, existe a possibilidade da troca de conhecimento entre os candidatos. ‘É possível que esses alunos, dependendo do nível em que estão, tirem a dúvida dos outros”, diz.

Já a vantagem de estudar sozinho é o direcionamento. “O aluno que está em estágio mais avançado estudando sozinho consegue focar e direcionar melhor os conteúdos que precisa”, aponta Larossin.

Exercite-se!

Larossin reforça que os candidatos precisam praticar muitos exercício,s para garantirem a aprovação. Baseado nessa necessidade, surgiu a Rota dos Concursos. O site possui um banco de dados com 500 mil questões de todas as áreas de concursos públicos. “Através de filtros, a pessoa escolhe o que quer estudar e o site gera as questões e gráfico de desempenho, que permite que a pessoa avalie sua evolução com o tempo”, complementa o diretor. Para ter acesso ao Rota de Concursos, é preciso pagar uma assinatura, que pode ser mensal, semestral ou anual.