DC-10 foi finalmente resgatado

Doze dias depois de derrapar na pista do Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, e ficar atolado perto da cabeceira da pista principal, o cargueiro DC-10 da companhia aérea Cielos del Peru foi finalmente resgatado. A operação exigiu o trabalho de quatro blindados do Exército e dois tratores de grande porte (tipo D8). A equipe de manutenção da companhia aérea deverá fazer uma avaliação completa para saber se houve danos à aeronave.

De acordo com a assessoria de imprensa da Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero), que administra o Afonso Pena, a atividade de reboque teve que ser lenta e cuidadosa. O início do tracionamento do avião através de cabos de aço se deu às 19h30 de anteontem e às 2h23 de ontem ele chegou até o asfalto da pista. A aeronave trafegou por sobre uma via composta por chapas de concreto, chapas de aço e pedra lascada.

Assim que o cargueiro foi colocado sobre o asfalto da pista, iniciou-se uma operação de limpeza para remover a lama do trem de pouso. Nesse momento, também foram desconectados os cabos de aço utilizados para a remoção. A limpeza durou aproximadamente uma hora. Às 3h30, o DC-10 foi preso a tratores de “push back” de aeronaves e levado até uma área de pátio de estacionamento de aviões, onde foi estacionado às 3h40. O trabalho envolveu cerca de 50 pessoas.

Prejuízos

Com a derrapagem da aeronave e o atolamento perto da cabeceira da pista principal (que tem 2.215 metros), cerca de 900 metros da pista não podiam ser utilizados desde o último dia 6 – data do incidente. Além disso, ao derrapar, o avião danificou duas antenas do equipamento ILS-2, que auxilia nos pousos e decolagens quando as condições de visibilidade estão ruins. O equipamento ficou inoperante e, em função disso, alguns vôos atrasaram e aeronaves não puderam descer em Curitiba. Até quarta-feira, treze cargueiros haviam sido afetados pelo problema.

O DC-10, que pesa 108 toneladas, vinha da Europa e estava carregado com 65 toneladas de equipamentos eletrônicos e motores para equipamentos agrícolas. Junto com a carga, tiveram que ser retirados da aeronave 13 mil quilos de combustível.

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