Caçadores de Notícias

Curva do “S” no Abranches coleciona acidentes

O “S” fechado que forma o traçado de parte da Rua José Bajerski, no bairro Abranches, fez do local um ponto de acidentes. Aqueles que residem ou trabalham no trecho cortado pelas ruas Uberlândia e Theodoro Zubinski frequentemente precisam socorrer alguém e lidar com dificuldade de circular pela região em função do intenso tráfego de veículos nos horários do almoço e no final da tarde.

A representante comercial Rosângela Moratto Romão, 48 anos, que mora há cinco anos em um condomínio da rua, diz que telefona toda semana para o 156 a fim de sensibilizar o poder público sobre a necessidade de um redutor de velocidade ou lombada eletrônica. “Faz pouco tempo que colocaram placas de sinalização, mas isso é insuficiente, porque nossa rua é um elo de ligação com Almirante Tamandaré e muitos motoristas de caminhão acabam utilizando a via, aumentando o risco de choque com quem tenta voltar ou sair de casa nos horários de pico, já que a curva fechada da rua deixa a visibilidade muito ruim”, descreve.

Ela conta que, por duas vezes, a Secretaria Municipal de Trânsito (Setran) negou o pedido de instalação de um redutor de velocidade ou uma lombada física, alegando que o fluxo de veículos na via era insuficiente. “Temos duas escolas perto, um ponto de ônibus, falta calçada e sempre tem acidentes leves. Será que é necessário haver uma tragédia?”, questiona. Ele diz que possui dois filhos com pouco tempo de direção e teme que eles se envolvam em algum acidente.

O porteiro José Maria Dávila, 43 anos, que trabalha em um endereço da rua há 13 anos, conta que já precisou socorrer várias pessoas feridas em acidentes, principalmente motoqueiros. “Não é legal saber que vai acontecer de novo. Há quatro meses, eu e um morador tivemos que correr para evitar que uma moça que havia fraturado a perna na batida fosse atropelada por outro veículo que estava vindo na sequência”, explica.

“Síndica” da rua

Gerson Klaina
José Maria: em 13 anos já socorreu muita gente, a maioria motoqueiros. Confira no vídeo um depoimento.

Rosângela reclama que, além do risco constante de acidente, a rua sofre com o descaso e a morosidade do poder público em serviços de manutenção. “Tenho que ligar todo mês para pedir que eles troquem as lâmpadas das ruas ou realizem as roçadas no matagal, que tornam pior a visibilidade da rua”, afirma. Além disso, ela reclama da falta de segurança. “Os fundos com o bosque deixam mais vulnerável quem precisa aguardar ônibus ou circular pela rua à noite”, aponta.

Setran: tudo sinalizado

Em nota, a Setran informa que, após o recape, a rua recebeu sinalização horizontal e vertical em toda sua extensão. “Em todos os pontos sinuosos, de aclive e declive e locais de pouca visibilidade, a sinalização preserva o cuidado de advertir e regulamentar essas características”, destaca. A secretaria ressalta ainda que há regulamentação de velocidade ao longo de toda a via e que nos pontos de maior fluxo de pedestres foram implantados dois redutores físicos de velocidade, próximos às áreas escolares e onde a legislação permite.

Confira no vídeo um depoimento.<,/strong>