Curitiba testa novo sistema de iluminação

A Prefeitura de Curitiba está testando um novo sistema de iluminação para as ciclovias de Curitiba mais resistente a atos de vandalismo. São 14 pontos de teste num trecho de cerca de 300 metros entre o Parque São Lourenço e a Rua João Guariza, paralelo ao lado do canal norte do Rio Belém e à Rua Mateus Leme.

Em quase todos os pontos da cidade os postes são de ferro galvanizado e as lâmpadas são protegidas por uma tela metálica. O material deveria ser suficiente para garantir a durabilidade da iluminação, mas infelizmente não tem resistido ao esforço e à criatividade dos vândalos, que dedicam longos períodos de tempo a chacoalhar os postes de cinco metros de altura até que a luminária se desprenda.

Nos casos mais surpreendentes, o poste chega a ser completamente dobrado.

Há três novos tipos de sistema em teste. O primeiro tem o poste metálico tradicional, mas a lâmpada fica protegida por uma capa de policarbonato, um material tão resistente que chega a suportar tiros.

O segundo poste também é de ferro, mas tem formato cônico, ou seja, uma base mais larga que vai afinando até a lâmpada. O formato dá mais estabilidade e torna mais difícil a tentativa de puxá-lo para os lados. O terceiro tipo de poste é feito de concreto e, como os anteriores, também tem luminária com capa de policarbonato.

Também está em teste uma fiação antifurto, que liga um ponto de iluminação a outro por baixo da terra. A fiação normal também é subterrânea, mas os fios passam por dentro de tubulações e podem ser puxados com relativa facilidade pelos vândalos. Nesse caso, o vandalismo dá retorno financeiro porque os cabos são feitos de cobre e podem ser vendidos para ferros-velhos.

A fiação antifurto é mais resistente e não precisa passar por dentro de tubos. Os cabos são enterrados sem necessidade de proteção especial. Para puxar os fios, seria necessário desenterrar toda a extensão do cabo, o que torna o furto bem mais trabalhoso.

Os três modelos foram doados por empresas para teste e estão sendo avaliados há algumas semanas pelo departamento de iluminação pública da Secretaria Municipal de Obras Públicas. “A busca de soluções para dar mais segurança e conforto ao cidadão é um trabalho constante da Prefeitura. Estamos sempre avaliando novas tecnologias que possam melhorar os serviços oferecidos”, afirma Ernesto Wendeler, gerente de estudos de projetos da área de iluminação.

A melhoria do sistema de iluminação pública, com a troca das luminárias abertas pelas de policarbonato, vem sendo realizada desde 1997 em toda a cidade. Só ano passado foram implantadas quase cinco mil luminárias do novo modelo.

Em 2001, as ações de vandalismo foram responsáveis por 35% do total de trocas de lâmpadas e luminárias. Com as novas luminárias, o número caiu para 18% no ano passado e chega a 15% este ano. A maioria das luminárias existentes em Curitiba ainda é aberta. Mas a meta da Secretaria Municipal de Obras é instalar o novo modelo quando as antigas precisarem ser substituídas.

Londrina substitui lâmpadas públicas

Eletricistas da Secretaria de Obras de Londrina iniciaram a substituição de lâmpadas instaladas ao redor da pista de caminhada do lago Igapó 2. Levantamento efetuado por funcionários da Prefeitura comprovou o vandalismo praticado no local. Das 252 lâmpadas instaladas, 90 foram quebradas, o que representa um índice de 35%. Além das lâmpadas, também foram danificadas 20 luminárias. As lâmpadas são de 80 watts de vapor de mercúrio e de 160 watts mista.

O secretário municipal de Obras, Aloysio Crescentini de Freitas, lamentou o vandalismo. Segundo ele, a população que utiliza o local para suas caminhadas, principalmente nos finais de tarde e mesmo à noite, é a maior prejudicada. Na sexta-feira, Aloysio esteve reunido com o presidente da Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU), Wilson Sella, solicitando auxílio para intensificar a presença de fiscais no local.

Igapó 1 e Zerão

Após o término do trabalho no Igapó 2, os eletricistas também farão a substituição das lâmpadas quebradas ou queimadas no lago Igapó 1 e no Zerão, onde também vêm sendo registrados atos de vandalismo, porém em menor intensidade. No Zerão, foram verificadas quatro luminárias danificadas e no Igapó 1 quatro globos quebrados.

Apesar da intensificação da fiscalização, Aloysio de Freitas também solicitou o auxílio da população na identificação de pessoas que estão praticando vandalismo. Ele informou que o vandalismo é crime e a polícia deve ser acionada por qualquer cidadão assim que perceba alguém danificando o patrimônio público.

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