Curitiba foi pioneira em empresas de radiotáxi

A grande idéia surgiu quando Aroldi Armstron estava assistindo um filme americano. Não lhe saía da cabeça a dificuldade dos taxistas de Curitiba para conseguir corridas em função do excesso de táxis na cidade. Foi quando ele viu no cinema que, nos Estados Unidos, os táxis eram equipados com rádios e, através deles, recebiam os pedidos de corrida.

Sem imaginar as proporções que a idéia que resolveu importar traria, Armstrong criou a primeira empresa de radiotáxi do País. Hoje, não existe qualquer táxi em todo o Brasil que não tenha um rádio para se comunicar.

Armstrong foi presidente do Sindicato dos Taxistas de Curitiba por 15 anos. Também foi vereador duas vezes e, quando estava terminando seu segundo mandato na Câmara, voltou a exercer a velha profissão de taxista. Foi quando ele percebeu a dificuldade que o mercado apresentava na época: excesso de carros, pouco trabalho. A criação do sistema de radiotáxi foi a salvação para os taxistas da cidade. Mas nem tudo foi muito fácil.

?As pessoas não acreditavam no sistema?, conta Roberto Armstrong, filho de Aroldi e que hoje segue os passos do pai, administrando e gerenciando centrais de radiotáxi.

A única forma de convencer os colegas de que a idéia era boa, foi através do tira-teima. Aroldi e um amigo também taxista, Basílio Zonatto, organizaram um verdadeiro teatro itinerante pela cidade. Como não tinham verba para contratar um operador, a central foi instalada numa sala cedida em um posto de gasolina. Enquanto um dos dois ficava na central, o outro percorria diversos pontos de táxi da cidade, deixando o volume de rádio bem alto para que os demais motoristas do ponto ouvissem os pedidos de corrida feitos via rádio.

Aroldi Armstrong criou a primeira cooperativa de rádio-taxi de Curitiba. Hoje são oito na cidade, agregando 2.246 motoristas de táxi.

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