Curitiba é referência no segmento da beleza

Com mais de 10 mil estabelecimentos e 40 mil profissionais somente em Curitiba, o segmento da beleza comemora sua expansão. Dados da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec) apontam a cidade como uma das principais referências na produção de cosméticos. Considerando a região metropolitana, os números passam para 15 mil salões de beleza e 60 mil trabalhadores. Em todo País, o crescimento foi de 15,62% no ano passado, fazendo do Brasil o terceiro maior mercado de beleza no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos e Japão.

Comemorando o mercado em alta, profissionais da beleza procuram na oitava edição do evento Paraná Hair, que acontece até hoje no Expo Renault Barigui, as tendências e novidades de produtos. “Para o inverno a tendência tem cores mais quentes para os cabelos, como tons chocolates e vinho. No comprimento o destaque é o cabelo mais curto nos lados”, revela o cabeleireiro Karlos Wendell, que atua em Portugal.

Transição

Já nos salões, as cabeleireiras contam que o alisamento ainda é a preferência das curitibanas, junto com os tons claros. “Todos os dias temos coisas novas e as classes C e D são grandes consumidoras da beleza. Essas classes estão brigando com a classe A”, avalia o organizador do evento, Edgar Sucesso.

Junto com os bons números, o mercado passa ainda por período de transição nas relações de trabalho, reflexo da ação proposta no ano passado pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) para que os profissionais da beleza se tornassem profissionais registrados nos salões.

Medo de desemprego no setor

Para Edgar Sucesso, isso mudou o comportamento dos profissionais. “Eles estão migrando para o Microempreendedor Individual (MEI). O governo precisa entender que os profissionais da beleza são autônomos e vão usar o MEI porque não têm horário e não ganham por isso, mas pelo trabalho que fazem”, destaca. Caso isso não aconteça, ele teme o desemprego e problemas no ramo. Cabeleireira há 10 anos, Maria Travassos acredita que o salão onde trabalha não resistiria à determinação. “Não daria pra continuar. O salão é muito pequeno e a dona não conseguiria registrar todo mundo. Ganho 50% no trabalho, prefiro que continue assim”, diz.

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