Mau cheiro e proliferação de ratos e baratas. Essas situações são uma desagradável rotina na vida dos moradores da Rua Henrique Mehl, no bairro Uberaba, em Curitiba. Tudo isso é provocado pela falta de canalização de um córrego que passa atrás das casas. O problema é agravado pelo depósito de lixo feito pelos próprios vizinhos.
A conselheira do Ministério da Previdência, Maria do Carmo Ferreira, conta que há dez anos convive com o problema, e já perdeu a conta das várias reclamações que fez à Prefeitura. Ela ressalta que em uma delas o município chegou a instalar uma espécie de muro com pedras na encosta do córrego, porém para evitar que a erosão atingisse a parede de casa, e precisou pagar cerca de R$ 2 mil para completar o muro. "A Prefeitura construiu cerca de 25 metros, mas não foi suficiente, e por isso paguei para um serviço particular ampliar o muro", falou.
Para agravar o problema, diz a dona de casa Dirceléia Cristina Watanabe, os moradores que ficam do outro lado do córrego começaram a jogar lixo no local, o que fez agravar a situação. "Além de termos esse mau cheiro que vem do córrego, o depósito irregular de lixo fez aumentar a quantidade de ratos e baratas", falou. Os moradores querem que a Prefeitura instale outras manilhas no local, e realize o corte de árvores e limpeza da região.
A Prefeitura informou, através da assessoria de imprensa, que o Córrego Areãozinho, que passa atrás das casas, deverá sofrer uma intervenção nos próximos dias. Para isso será aberta uma licitação para um projeto que prevê a construção de um muro de arrimo, que deverá conter a erosão da área. Sobre a canalização, a Prefeitura informou que o Código Florestal estabelece que margens de córregos e rios são áreas de preservação permanente e, portanto, a mata ciliar não deve sofrer intervenção.