Conservante pode causar esclerose

Poluição e alimentos com corantes e conservantes são alguns fatores ambientais e de exposição a produtos químicos que podem contribuir no desenvolvimento da esclerose múltipla em pessoas com predisposição genética. A doença é auto-imune e causa incapacidade neurológica em adultos entre 20 e 40 anos. Segundo o neurologista e professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR) Walter Arruda, esses fatores são algumas hipóteses para explicar o aumento da incidência (casos novos) de esclerose múltipla em grandes centros urbanos.

Ele conta que há um grande crescimento da incidência desde a década de 1960. Estudos verificaram que esse fenômeno ocorreu em locais que melhoraram as condições de higiene e diminuíram os casos de doenças infecciosas e parasitárias. "Essa é uma linha de hipótese e ainda não possui evidências científicas. Existem trabalhos em andamento em vários países", afirma.

Estima-se que existam entre 25 mil e 50 mil pessoas com esclerose múltipla no Brasil. Em todo o mundo, são dois milhões de indivíduos atingidos. Ainda não se conhecem as causas da doença, mas acredita-se que seja determinada por fatores genéticos. A esclerose múltipla é uma enfermidade crônica e acomete duas vezes mais mulheres do que homens. Pode afetar movimentos, visão e coordenação motora; gerar dificuldades do controle da urina; vertigens; perda de audição; e impotência. O sistema imunológico provocaria lesões na mielina (proteção que envolve as fibras nervosas) ao defender o organismo. A mielina lesada se transforma em placa esclerosada.

A possibilidade da influência de fatores ambientais e exposição a produtos químicos no desenvolvimento da doença será debatida na aula ministrada por Arruda no curso on-line Educação Científica Continuada em Esclerose Múltipla.

Mais informações no telefone 0800 11 3320 ou no site www.abneuro.org. O curso é gratuito.

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