Congresso debate inovações na dermatologia

Pesquisas sobre a utilização de células-tronco no tratamento de doenças dermatológicas podem representar uma nova esperança para quem é vítima de doenças auto-imunes, como por exemplo o lupus, que pode se manifestar de forma cutânea ou sistêmica. O assunto é um dos temas em discussão do 61.º Congresso Brasileiro de Dermatologia, que encerra-se no domingo, em Curitiba.

Segundo o presidente do evento, médico dermatologista e professor de Dermatologia da Unioeste, em Cascavel, Júlio César Empinotti, as pesquisas sobre a utilização de terapia celular no tratamento de doenças dermatológicas ainda estão em fase inicial tanto no Brasil, onde acontece em Ribeirão Preto (SP), quanto no resto do mundo. Porém, já apresenta-se como algo bastante promissor.

?As células-tronco podem ser utilizadas na recuperação de estruturas e sistemas, possibilitando a substituição de células defeituosas por células saudáveis. São uma esperança de recuperação principalmente para pessoas que são vítimas de doenças auto-imunes, como o lupus?, afirma.

Na opinião de Júlio, a terapia celular especificamente na área da dermatologia, que trata da manifestação cutânea do lupus, pode contribuir com a melhoria e a recuperação da estrutura da pele. ?Ao se manifestar de forma cutânea, o lupus faz com que a pele fique com manchas vermelhas e esbranquiçadas, sendo que muitas vezes também podem ser percebidos sinais de atrofia. A expectativa é de que os estudos com células-tronco resultem em melhorias para tudo isto?.

No futuro, a terapia também pode vir a ser utilizada no combate do avanço do câncer de pele, evitando que ele se propague, e aplicada em casos de perda de tecidos ocorridos em função de acidentes. 

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