Condomínios viram alvo de assaltos na capital

Viver em condomínios, sejam verticais ou horizontais, já não é mais sinônimo de total segurança. Cada vez mais ousados, os bandidos desafiam os sistemas de segurança dos conjuntos residenciais e sabem tirar proveito de qualquer falha cometida por moradores ou empregados para invadir as casas e apartamentos.

O delegado-chefe da Delegacia de Furtos e Roubos de Curitiba, Rubens Recalcatti, diz que o número de assaltos a condomínios (de janeiro a setembro deste ano foram cinco na capital) ainda não supera o de assaltos a residências e estabelecimentos comerciais. Porém, é considerado preocupante.

?Há quatro ou cinco anos quase não ouvíamos falar em assaltos a condomínios. Hoje, isto se tornou uma coisa relativamente comum?, comenta. Segundo ele, as pessoas que cometem esse tipo de crime são organizadas e, antes de agir, procuram obter informações sobre a rotina do local.

?Geralmente eles ganham a confiança de empregados dos condomínios e tentam captar informações com os mesmos, descobrindo até em que casas ou apartamentos são guardadas jóias e dinheiro?, explica. ?Muitas vezes, chegam a ficar até seis meses vigiando a rotina dos freqüentadores dos condomínios sem serem notados?.

Na opinião do vice-presidente de administração de condomínios do Sindicato da Habitação e Condomínios do Estado do Paraná (Secovi-PR), Otávio Lopes Filho, a maioria dos assaltos acontece devido a descuidos cometidos pelos próprios condôminos. ?Não adianta um condomínio dispor de uma série de equipamentos de segurança se seus moradores não tomam cuidados básicos, visando o bem-estar de todos?, afirma. ?O grande problema é que algumas pessoas acham que estão seguras pelo simples fato de morarem em condomínio, e não se conscientizam dos perigos?.

Como principais erros cometidos por condôminos, Otávio aponta: não querer se deslocar até a portaria para pegar flores, pizzas e outras encomendas, permitindo que entregadores tenham acesso às áreas comuns; não verificar se o portão social está bem fechado; não carregar o controle remoto da garagem, obrigando porteiros a deixarem seus postos e se distraírem de suas funções; não esperar o portão da garagem fechar totalmente no momento da entrada ou saída; e repassar senhas de acesso ao condomínio de forma aleatória, a empregados, visitas e amigos.

Voltar ao topo