Comissão de usuários aprova rodovia

Os membros da Comissão de Usuários das Rodovias realizaram ontem uma visita de inspeção no trecho entre Curitiba e Paranaguá (BR-277), que corresponde ao lote 6 do Anel de Integração do Paraná, de responsabilidade da concessionária Ecovia. O objetivo é fazer uma avaliação do que está sendo feito nas rodovias pedagiadas.

A comissão realiza duas vistorias por ano e as observações, críticas e sugestões sobre as obras e investimentos realizados pela empresa farão parte de um relatório, que será entregue à Secretaria de Estado dos Transportes até segunda-feira. A comissão é formada por quinze membros, representantes de federações, sindicatos, concessionárias e governo. O presidente da comissão, Antônio Celso Ferreira Júnior, disse que os trabalhos de vistorias começaram a ser feitos no ano passado, com duas visitas anuais em cada lote. Ferreira Júnior afirmou que de uma maneira geral as concessionárias estão cumprindo as exigências contratuais e realizando as obras nas rodovias. “Elas também estão aceitando as observações que a comissão tem repassado a elas”, afirmou Ferreira Júnior.

Um dos exemplos citados por ele se refere ao lote 5, administrado pela Rodonorte. Eles sugeriram que, ao invés de somente investir na duplicação de 60 quilômetros na Serra do Cadeado, fosse ampliado o trabalho de restauração e implantação da terceira faixa em vários pontos do lote. “Isso era um pedido dos caminhoneiros que foi aceito pela Rodonorte”, disse Ferreira Júnior. A informação foi confirmada pelo representante dos caminhoneiros na comissão de usuários, Laertes José de Freitas.

Durante a vistoria de ontem, a comissão avaliou que a rodovia sofreu interferências positivas, indicando apenas mais sinalização horizontal no trecho da Serra do Mar, nas proximidades de Morretes. Eles se disseram satisfeitos com as melhorias implantadas pela empresa, como fraldário, água e café no Serviço de Apoio aos Usuários, sugeridos pela comissão em vistoria anterior.

Na estrada

Apesar dos membros da comissão de usuários estarem satisfeitos com os investimentos das concessionárias nas rodovias, os motoristas não têm a mesma opinião. Para o caminhoneiro Juraci Vuelma, a rodovia entre Curitiba e Ponta Grossa está em péssimas condições. Além disso, acha o valor do pedágio muito alto em relação a outros Estados e absurda a cobrança por eixos. “Só aqui no Paraná é que eles cobram por eixo erguido”, disse. Ele confessa que quando vai a Paranaguá procura desviar por Guaratuba, para não pagar pedágio.

O preço do pedágio também não agrada o comerciante Luiz Carlos Mariotti. Ele disse que vai com freqüência ao litoral e não concorda em pagar o valor de R$ 5,20. “Acho que R$ 3,00 estaria bem pago”, comenta. O caminhoneiro Antônio Xavier de Barros diz que o dinheiro do pedágio – que também considera alto – poderia ser melhor empregado na sinalização das estradas.

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