Cobrança no ferry-boat gera polêmica

Os proprietários de triciclos motorizados estão reclamando de uma cobrança indevida por parte da concessionária F. Andreis, que faz a travessia do ferry-boat entre Caiobá e Guaratuba, no litoral do Estado. A tarifa para os triciclos é a mesma estipulada para os automóveis. Mas os condutores dos triciclos motorizados alegam que este tipo de veículo faz parte da categoria moto.

O oficial de Justiça Glenylson Lopes da Rocha possui uma casa em Guaratuba e às vezes vai até o local com o seu triciclo motorizado. Ele não concorda que a F. Andreis cobre a travessia deste veículo como automóvel. ?A gente paga licenciamento, IPVA e pedágio como categoria moto. Somente no ferry-boat é que acontece a cobrança como automóvel. Quando questiono sobre o porquê desta cobranças, os funcionários da F. Andreis dizem que são orientados a fazer isso?, comenta. Rocha pretende fazer uma reclamação na empresa.

Carlos Correia Borges Neto, proprietário de uma fábrica de triciclos, também contesta a cobrança. Ele e outros donos deste tipo de veículo acreditam que a tarifa empregada deveria ser a mesma para as motos. ?Sempre pagamos como carro no ferry-boat, mas nós pagamos os nossos impostos como moto. A carteira de habilitação também é para moto. Quando se pergunta para os funcionários, eles alegam que a cobrança é feita assim por causa do espaço que o triciclo ocupa. Mas as balsas não estão sempre lotadas?, afirma.

Carlos Correia Neto: ?Temos o direito?.

Borges Neto ressalta que a reclamação não é pelo valor propriamente dito da tarifa. A diferença no preço para as duas categorias é de R$ 2,40 – a travessia para automóveis custa R$ 4,90; para motos, R$ 2,50. ?Temos o direito de também pagar como uma moto?, avalia. Ele também revela que o mesmo acontece em algumas praças de pedágio no Paraná.

O gerente de contrato da F. Andreis, Valdir Boligon, explica que a determinação do preço da tarifa para a travessia é feita conforme o espaço da embarcação. Por isso, a moto paga meia tarifa de um automóvel. ?O espaço ocupado pelos triciclos motorizados é igual ao de um automóvel. Por isso a cobrança é feita desta maneira?, argumenta. ?Se alguém fizer com que o triciclo ocupe o mesmo espaço de uma moto, tudo bem?, fala.

A assessoria de imprensa do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), responsável pela concessão da travessia do ferry-boat entre Guaratuba e Caiobá, confirma que a tarifa para triciclos é feita desta maneira por causa do limite espacial da balsa. 

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