Só queixa

Cliente fica na bronca com um dos maiores sites de compra e venda

O que era para ser uma simples negociação em um dos maiores sites de compra e venda online do mundo virou transtorno para o gerente administrativo Charles Oliveira. Há pouco mais de dois meses ele vendeu equipamento de air bag no portal de negócios Mercado Livre. A venda foi realizada por R$ 1.990 e tudo correu normalmente até o momento do pagamento ao vendedor pelo próprio site.

“O valor foi recebido através do Mercado Pago, uma forma de pagamento do Mercado Livre. A compra foi aprovada e o cliente retirou o produto em mãos. Até aí tudo certo. O problema aconteceu quando o valor apareceu na minha conta do Mercado Pago: quando solicitei o resgate, o crédito foi cancelado”, explica.

Além do bloqueio de crédito, relata que sua conta foi cancelada no site sem explicações por parte da empresa. “Depois de uma dezena de contatos solicitando alguma explicação, enviaram e-mail dizendo que minha conta estava cancelada no Mercado Livre e não poderia retirar o dinheiro”, reclama.

Reclamação

Segundo o vendedor, as tentativas de contato com o site têm sido em vão desde o cancelamento da compra. “É um absurdo o que fazem com os clientes. Não há telefone para contato, fico à mercê da boa vontade deles responderem algum e-mail e sempre respondem com mensagens eletrônicas já programadas”, desabafa Charles, que já protocolou reclamação formal no Procon-PR e registrou boletim de ocorrência na polícia.

Procurado pela Tribuna para comentar o caso, o Mercado Livre não retornou até o fechamento da edição.

Processos são comuns

Segundo números do Procon-PR, problemas com processos de compra e venda na internet são comuns. De janeiro até este mês o órgão prestou 3.313 atendimentos referentes a compras online, sendo 138 casos exclusivamente relacionados ao Mercado Livre. “A maioria dos casos é em relação ao não recebimento ou defeitos de produtos. Outros casos são de reclamação ao procedimento no pagamento. No geral aconselhamos a sempre procurar mais informações sobre a idoneidade das empresas e não acreditar em ofertas mirabolantes”, explica a coordenadora de atendimento do Procon-PR, Anila Borba dos Santos.