Chuva causa mais prejuízos no Estado

O mau tempo continuou causando prejuízos a municípios do interior do Estado, ontem. Durante a manhã desta sexta-feira, pelo menos 350 casas tiveram os telhados afetados por outra chuva de granizo, dessa vez de menor intensidade, nas cidades de Ibema e na região rural de Lindoeste, ambas a 40 quilômetros de Cascavel.

O balanço da Coordenadoria de Estado da Defesa Civil apontava, até a tarde de ontem, 4,2 mil residências afetadas pelas chuvas nas regiões oeste, sudoeste, centro-oeste e noroeste do Paraná entre quinta e sexta-feira.

Ao todo, segundo a Defesa Civil, foram 17 municípios atingidos, onde mais de 10 mil pessoas ficaram desalojadas. Ibema, Vera Cruz do Oeste, Laranjeiras do Sul e Pato Bragado foram as cidades mais prejudicadas pelo temporal.

“Em todo o Estado são cerca de 17,5 mil pessoas afetadas de alguma forma. Em algumas regiões foi registrado o risco de desabamentos e quedas de árvores. Nossas equipes já estão trabalhando para que a situação volte ao normal”, contou o capitão da Defesa Civil, Antônio Hiller.

Rede elétrica

Além das casas prejudicadas em virtude do temporal de ontem, cerca de 65 postes da rede elétrica foram quebrados, deixando duas mil casas sem energia elétrica nas cidades de Toledo, Marechal Cândido Rondon, Foz do Iguaçu, Laranjeiras do Sul e Cascavel. Equipes de emergência da Companhia de Energia Elétrica do Paraná (Copel) estavam trabalhando na recuperação das redes.

A Copel informou que as áreas onde faltou energia são lugares de difícil acesso. “Trata-se de um desligamento coletivo em regiões rurais. Estamos trabalhando para retomar (o fornecimento de energia) até sábado (hoje) de manhã. Temos ainda mais 130 ocorrências isoladas para atender”, disse na tarde de ontem Eder Dudczak, da Regional da Copel de Cascavel.

De acordo com o Instituto Tecnológico Simepar, a tendência é que o tempo chuvoso continue neste final de semana. “As chuvas ocorridas na região de Cascavel não foram consideradas anormais. A partir do início da semana, o tempo deve ficar mais estável”, explica a meteorologista Ana Beatriz Porto.