Transtorno

Chuva causa estragos no noroeste do Estado

Três casas foram interditadas ontem pela prefeitura de Sarandi, no noroeste do Estado, porque correm o risco de desabar. Segundo a Defesa Civil do Paraná, as fortes chuvas que caíram na cidade nos últimos dias causaram uma erosão no morro onde os imóveis estão localizados e, como medida de segurança, as famílias foram transferidas para um abrigo disponibilizado pela prefeitura. As casas ficam no Jardim Nova Independência.

Os bombeiros de Sarandi registraram, ainda, a queda de uma árvore sobre uma residência do Jardim Panorama e um alagamento por conta de uma fossa, no Jardim Nova Paulista. Não houve vítimas.

Em Maringá, vizinha a Sarandi, a chuva também trouxe alguns transtornos. Ontem quatro árvores caíram. Uma delas era de grande porte e desabou em uma das principais avenidas, a Brasil. Ontem à tarde, a árvore já havia sido retirada e o trânsito no local se normalizou. A Avenida Morangueira também ficou alagada em frente à associação da prefeitura, mas não houve maiores transtornos.

Também por conta do mau tempo, o aeroporto de Maringá ficou fechado por uma hora e meia ontem. Nenhum voo foi cancelado, mas uma aeronave que vinha de São Paulo e tinha chegada prevista para o meio-dia acabou aterrissando no local apenas às 15h10. Em Londrina, no norte, as chuvas provocaram atrasos e cancelamentos em praticamente metade dos voos. Por volta das 17h de ontem, dos dez voos programados, cinco atrasaram e outros quatro foram cancelados.

O Instituto Meteorológico Simepar prevê chuvas leves para o Paraná nos próximos dias, exceto na região oeste.

Emergência devido à seca

Flávio Laginski

Apesar de algumas regiões sofrerem por causa da chuva, em outras, a estiagem continua trazendo prejuízos para a agricultura. Ontem, o município de Engenheiro Beltrão, região central, decretou estado de emergência. Não chove no local há quase dois meses. O prejuízo estimado é de R$ 40 milhões.

De acordo com o prefeito da cidade, Elias Lima (PR), as chuvas que caíram durante o final de semana amenizaram a situação – mas o estado ainda é crítico. “Com essa estiagem, perdemos 60% do milho e 50% da soja. Optei por decretar o estado de emergência para que nosso produtor rural não fique prejudicado, uma vez que os prazos para pagamento de dívida são estendidos e novas linhas de crédito são abertas”, informa.

Além dos prejuízos no campo, a cidade também deixa de lucrar. A cultura da soja é a principal atividade econômica: para cada R$ 1 milhão vendido, a prefeitura recebe R$ 28 mil. “Deixaremos de arrecadar o equivalente a R$ 850 mil”, diz o prefeito.

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